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Zé Dirceu do PT, do mensalão e do petrolão: ‘Cadeia, aqui me tens de regresso’

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Depois de quatro horas e meia horas de atraso, o ex-ministro José Dirceu enfim se entregou à Polícia Federal, em Curitiba, para iniciar o cumprimento de sua condenação de 8 anos e 10 meses de prisão, na sua segunda condenação na Operação Lava Jato. Ele chegou à PF pelas 21h30.

Segundo a defesa do petista, Dirceu se atrasou porque viajou de carro de Brasília. A Justiça do Paraná mandou prender novamente o ex-ministro José Dirceu, na noite de quinta-feira, 16. A determinação foi feita após o Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF-4) negar um recurso da defesa, que pedia prescrição da pena.

Neste caso, Dirceu foi condenado por corrupção e lavagem de dinheiro, em 2017, em um processo que investigou recebimento de propina em um contrato superfaturado com a empresa

Apolo Tubulars para o fornecimento de tubos para a Petrobras, entre 2009 e 2012.

Segundo as investigações, parte dos valores, que chegaram a R$ 7.147.425,70, foram repassados ao ex-diretor da Petrobras Renato Duque e ao grupo político que o sustentava, dirigido por José Dirceu.

Para disfarçar o caminho do dinheiro, Dirceu e outro réu, Luiz Eduardo de Oliveira e Silva, teriam usado a empresa Credencial para receber valor de cerca de R$ 700 mil, tendo o restante sido usado em despesas com o uso de aeronaves em mais de 100 voos feitos por José Dirceu.

Apenas o ex-ministro teria recebido aproximadamente R$ 2,1 milhões em propinas provenientes de contrato da estatal com a empresa.

Primeira condenação

O processo da primeira condenação de José Dirceu apura irregularidades na diretoria de Serviços da Petrobras. O valor de corrupção envolvido nestes atos foi estimado em R$ 60 milhões, e cerca de R$ 65 milhões foram lavados. O ex-ministro teve a pena aumentada de 20 anos e 10 meses para 30 anos e 9 meses no TRF-4 por corrupção passiva, lavagem de dinheiro e organização criminosa.

No entanto, Dirceu ficou preso em Curitiba apenas de agosto de 2015 a maio de 2017.

Um habeas corpus obtido no Supremo Tribunal Federal (STF) concedeu a ele o direito de aguardar o julgamento dos recursos com monitoramento por tornozeleira eletrônica.

Depois dos recursos julgados, em 2018, o ex-ministro voltou à prisão. Ele foi solto novamente em junho de 2018, após uma determinação da Segunda Turma do STF, que considerou que ele deveria aguardar em liberdade até que os recursos desta primeira condenação fossem julgados pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ).

No primeiro processo, o ex-ministro foi condenado por corrupção ativa, lavagem de dinheiro e organização criminosa.

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