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Vidas negras não importam para o Black Lives Matter

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Policiais negros foram mortos nos Estados Unidos, mas o movimento Black Lives Matter não deu a menor atenção a isso

Por Paulo Matias da Rádio Jovem Pan

Recentemente, assistimos a mais uma morte de um policial negro nos Estados Unidos, no cumprimento do seu dever, inteirando oito vidas a serviço da ordem, que buscavam proteger a sociedade contra ações violentas, como saques a lojas em diferentes partes do país. Tamarris Bohannnon respondia a um chamado quando foi baleado na cabeça. Integrantes do “Black Lives Matter”, que se dizem defensores de vidas negras, não se manifestaram a respeito do caso. Conhecido como um movimento ativista internacional, de origem afro-americana, organiza protestos a respeito da morte de negros por policiais, assim como questões de discriminação racial, brutalidade por parte da polícia e desigualdade racial na Justiça Criminal dos Estados Unidos.

Mas, a olhos vistos, a realidade se apresenta com outra cara. Muitas críticas têm sido feitas ao movimento, que se omite, como no recente caso da morte do policial negro. Com isso, a questão ganha uma conotação mais ampla. A própria filosofia dos integrantes do “Black Lives Matter” cai por água abaixo, se é que, em algum momento, existiu. Vidas negras importam mesmo para os integrantes do movimento? O silêncio que se fez diante desse recente fato desfaz a crença deles de justiça pela igualdade de cor e passa apenas a pregar o ódio contra uma fatia da sociedade que busca proteger a população de forma justa e, quando possível, pacífica.

Outro caso que se teve notícia aconteceu em junho deste ano, em St. Louis, também nos Estados Unidos, onde um capitão de polícia aposentado foi morto a tiros durante saque. O policial negro prestava serviços de segurança a uma loja de penhores do local. Mais um descaso a vidas humanas que não teve a menor atenção do BLM. A hipocrisia, a falta de padrão e os atos de violência dos integrantes do movimento “antirracista” reafirmam o tom fictício de suas propostas de pacificação e defesa dos negros contra ações violentas da polícia. Vale destacar que, embora falsa, a ideologia pregada por esse movimento tem levado muitos civis a contribuírem com a causa sem estarem cientes de seu grau de envolvimento com questões radicais e de origem marxista, que têm como foco uma mudança expressiva nos princípios da sociedade norte-americana. Além dessas doações, algumas empresas, influenciadas por hashtags como BLM, investem em campanhas promovidas pelo movimento, acreditando em suas boas intenções.

O que se deve levar de tudo isso é a necessidade de estarmos cientes de que o “Black Lives Matter” é um movimento partidarizado e ideológico, quando, na realidade, o que importa mesmo são vidas humanas, sejam elas negras ou brancas. Isso é tão verdadeiro que os próprios envolvidos no movimento se recusam a admitir que, nos Estados Unidos, por exemplo, mais de 90% dos assassinatos de negros são cometidos por outros negros. Não enxergam (ou não querem enxergar) que os negros representam 13% da população americana, mas cometem 50% dos crimes. Criam uma realidade paralela, creem nela e criminalizam quem pensa diferente, sem se dar ao trabalho de analisar os fatos como eles realmente se apresentam.

Diante disso, eu me pergunto: o valor de vidas brancas e negras não é o mesmo? São muitos os fatores que respondem a questões como essa. Acredito fielmente que o racismo exista e que ele deva ser condenado firmemente. Também creio que, no geral, os policiais se apressam em considerar qualquer negro ou hispânico como suspeito. Isso é um fato, não há como negar. Mas não será com um movimento revolucionário, que mistura segregação racial e vitimização metodológica, que avançaremos nesse combate. Os negros, e a sociedade como um todo, estão sendo enganados por esse movimento. Eles fazem dos negros, verdadeiros excluídos e marginalizados, garantindo a sua hegemonia, para “defendê-los”, segregando ainda mais a sociedade. O BLM e toda essa narrativa identitária devem e precisam ser questionados. Para fechar esse raciocínio, deixo para reflexão sobre a questão racial no mundo atual o pensamento do economista negro, Thomas Sowell: “O racismo não está morto. Ele é mantido vivo por políticos, oportunistas e pessoas que têm um senso de superioridade ao denunciarem outros como racistas”. E é exatamente assim que caminha a humanidade.

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