Juiz diz que policiais não encontraram nada de ilícito com suspeito, que foi detido em Sorocaba, e não há motivos para manter a prisão
Um dos suspeitos de financiar o ataque a agências bancárias em Araçatuba, no interior de São Paulo, foi solto nesta quarta-feira (8), após passar por audiência de custódia, horas depois da prisão.
Paulo César Gabrir, de 33 anos, foi preso em Sorocaba, também no interior paulista, juntamento com sua mulher, identificada como Michele Maria da Silva, e um ajudante. Ele é suspeito integrar o núcleo financeiros da facção criminosa PCC (Primeiro Comando da Capital), e dar R$ 600 mil para o grupo fazer o ataque na cidade do interior paulista.
De acordo com a decisão do juiz Leonardo Guilherme Widmann, do Tribunal de Justiça de São Paulo, nada de ilícito foi encontrado com os detidos e não há nenhuma infração que possa justificar a prisão deles.
“Houve a apreensão de uma cardeneta de anotações que pode ser relacionada ao tráfico de drogas, mas nenhuma droga foi encontrada e apreendida e nem mesmo cópia ou fotografias da cardeneta foi acostada nos autos”, disse o juiz na decisão.
A prisão de Paulo foi um elemento para a polícia na investigação sobre a participação do PCC no crime. As apurações indicam que integrantes da organização fizeram parte do assalto, mas ainda não se sabe se foi orquestrada pelo comando do grupo.
Durante a revista na casa de Paulo, a polícia levantou uma série de documentos que apontavam para movimentações financeiras que seriam indicativos do envolvimento do Primeiro Comando da Capital para outros Estados. O suspeito seria o diretor financeiro que fez o aporte para a quadrilha atacar Araçatuba.