A ex-candidata a vereadora de Petrolina pelo PSOL Lucinha Mota entrou com uma ação para que o vereador Junior do Gás (Avante) tenha a diplomação suspensa por suspeita de fraude eleitoral. O caso envolve candidaturas laranjas e, segundo a alegação, o partido do parlamentar fez uso de manobra ilegal para atingir a cota mínima de mulheres postulantes (30%).
Segundo Lucinha, o Ministério Público de Pernambuco (MPPE) emitiu parecer favorável à cassação do diploma do vereador Júnior do Gás, eleito com 1.183 votos. Com isso, a psolista assumiria a vaga. Isso porque ela obteve 2.656 votos, mas sua legenda não conseguiu atingir o quociente eleitoral necessário para chegar à Câmara.
“A gente entrou com uma ação e o Ministério Público foi favorável. Estamos aguardando a decisão do Dr. Marcos Bacelar, que deverá julgar o mérito. Situações análogas a esta estão acontecendo em vários estados como forma de moralizar as candidaturas”, disse. Ainda de acordo com Lucinha Mota, o pedido de suspensão partiu do promotor de Justiça Eleitoral de Petrolina, Djalma Rodrigues Valadares.
Lucinha ficou conhecida no Brasil por sua luta para descobrir quem matou sua filha, Beatriz Angélica Mota, de 7 anos. A menina foi morta a facadas dentro de uma escola particular, em Petrolina, em 2015. Até agora, a Polícia Civil de Pernambuco não conseguiu concluir as investigações.