Início Notícias Governo federal adia ações de combate à seca em Pernambuco

Governo federal adia ações de combate à seca em Pernambuco

625
alt

alt

Reunião da presidente Dilma com governadores do Nordeste continua sem data e o sertanejo tomando no ‘boga’.

Foto: Guga Matos/JC Imagem

Mais uma vez, as ações para combater a seca prolongada têm o cronograma jogado para frente. Já é certo que o prometido aumento do fluxo de repasses por parte do governo federal para a Adutora do Agreste (obra iniciada em junho de 2013) ficou para o ano que vem. O empreendimento vem recebendo, em média, apenas R$ 6 milhões mensais, isto para um fluxo que já chegou a ultrapassar R$ 30 milhões por mês.

Nesta quarta (11), durante a solenidade de inauguração da nova planta da Frompet, em Suape, o governador Paulo Câmara queixou-se da lentidão da presidente Dilma Rousseff em marcar a prometida reunião com os chefes do Executivo dos quatro Estados mais atingidos pela estiagem: além de Pernambuco, Rio Grande do Norte, Ceará e Paraíba. 

O encontro é para que os governadores apresentem um diagnósticos preciso de suas respectivas necessidades e sugestões para enfrentar a seca que, no ano que vem, entra em seu sexto ano consecutivo, na pior estiagem dos últimos 100 anos. Para Pernambuco, a Adutora do Agreste é fundamental para o abastecimento da região, a que mais sofre no Estado. A a maior barragem do Agreste, Jucazinho está, com apenas 3% de sua capacidade de armazenamento.

“O ministro (da Integração, Gilberto Occhi) garantiu que o fluxo financeiro vai melhorar em 2016. Mas eles têm a crença de que não vão conseguir aumentar nada neste ano”, afirmou Câmara. Sobre a reunião, que deveria ter acontecido mês passado, ele diz que “toda semana há uma sinalização, ainda sem confirmação. Mas espero que aconteça ainda nos próximos dez dias”. 

O governo federal é responsável por 90% dos recursos da adutora e o governo do Estado, por uma contrapartida de 10%. O contrato é celebrado com a Compesa. A execução do eixo principal do projeto está em pouco mais de 60%, mas o status geral da obra ainda está na casa dos 30%. A previsão inicial era entregar a adutora pronta em junho deste ano. Do orçamento de R$ 1,38 bilhão para o projeto, o Ministério da Integração liberou menos de R$ 500 milhões ao governo de Pernambuco. 

Em junho, chegou a ser pactuado um acordo com o ministério para que fossem realizados repasses mensais de R$ 10 milhões. O combinado, como se vê, não vem sendo cumprido. O atraso está deixando de beneficiar 2 milhões pessoas em 68 dos 72 municípios do Agreste. O projeto foi desenhado para receber água do Eixo Leste da Transposição do São Francisco, por meio do Ramal do Agreste, ambas as obras igualmente atrasadas. 

 

DEIXE UMA RESPOSTA

Please enter your comment!
Please enter your name here