Sérgio Moro saiu do Sul do Brasil e já está no Rio de Janeiro para discutir o convite do presidente eleito para que ele assuma um Ministério. Em conversas com pessoas próximas aos dois nomes, ambos estão muito confiantes.
O próprio juiz mostra que está disposto a aceitar o convite. Em suas últimas manifestações ele já mostrou sua propensão. As fontes ligadas a Moro acham que a Lava Jato não precisa mais dele e que não é sua presença que garante a sequência da operação.
Moro é juiz de primeira instância, tem toda uma carreira na magistratura. Que ele tenha obra inigualável tão jovem é sinal de seu vigor. Mas será que largar essa carreira conquistada por concurso e atrelar-se a um cargo de comissionamento é válido? Me parece que Moro está dando passos erráticos e resolutos para algo que pode comprometer um legado ainda maior que ele deixaria o Brasil.
Ainda que ele não aceite o convite, ele voltaria à Lava Jato nesta condição, tendo feito todos esses acenos, tomaria depoimentos de Lula e Eduardo Cunha? Parece que ele joga água no moinho petista de que Lula é condenado político, apesar de sabermos que isso não é verdade.
Quem perde com a eventual ida de Moro ao Ministério da Justiça é o próprio magistrado e a Lava Jato, mas quem ganha é Jair Bolsonaro. Para Moro, essa junção de funções seria uma forma de agregar no combate à corrupção.
Ele perde porque deixa de ter um cargo que lhe foi dado por concurso e passa a ser subordinado a alguém.