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Venezuela: Líder da oposição a Maduro diz que está escondida e que teme pela vida

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Foto: EFE/MIGUEL GUTIERREZ

Por g1

Ameaçada de prisão após as eleições, María Corina Machado disse que está escondida e que teme pela sua vida em artigo ao jornal americano “The Wall Street Journal” nesta quinta-feira (1º).

Corina Machado é a principal opositora do presidente da VenezuelaNicolás Maduro, e está sendo investigada pelo Ministério Público venezuelano, alinhado a Maduro, junto com o candidato de oposição Edmundo González.

Maduro disse na quarta (31) que Corina Machado e Edmundo González “têm que estar atrás das grades” e os convocou a “deixarem de ser covardes” e “se apresentarem ao MP para dar a cara a tapa”. O presidente também prometeu que “a Justiça vai chegar” para eles.

Maduro foi declarado vencedor das eleições do último domingo (28) com 51,2% dos votos pelo Conselho Nacional Eleitoral (CNE) na segunda-feira (29). O resultado é contestado pela oposição e pela comunidade internacional, que acusam a autoridade eleitoral venezuelana, alinhada a Maduro, de falta de transparência e demandam a publicação dos resultados das urnas.

A oposição de Maduro afirma que Edmundo González venceu as eleições com 67% dos votos –contra 30% do presidente– e realiza uma apuração paralela das atas eleitorais. Em meio a protestos nacionais contra o governo que tomaram o país nesta semana, Corina Machado exigiu que o CNE liberasse as atas.

Corina Machado disse que escreveu o artigo “escondida, temendo pela minha vida, minha liberdade e dos meus compatriotas sob a ditadura liderada por Nicolás Maduro“. No texto, entitulado “Posso provar que Maduro foi derrotado”, a opositora reiterou o pedido de apoio da comunidade internacional.

Machado e González lideraram uma manifestação em Caracas nesta terça-feira (30), mas não são vistos em público desde então. Maduro colocou as Forças Armadas e policiais nas ruas da Venezuela para coibir as manifestações e pediu a prisão de pessoas envolvidas nos protestos e seus organizadores.

Favorita para derrotar Maduro nas eleições, Corina Machado foi impedida de concorrer em janeiro pelo Supremo Tribunal de Justiça venezuelano, alinhado ao presidente.

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