Nesta segunda-feira (1º), o Governo de Pernambuco anunciou o “Plano de Monitoramento e Convivência com a Covid-19”, que determina a retomada gradual e planejada das atividades econômicas em todo o Estado.
O cronograma prevê como 32 setores terão as medidas restritivas flexibilizadas e como será a carga operacional deste retorno, que seguirá protocolos gerais e específicos para evitar a transmissão da doença.
O ciclo de reabertura gradativa chegará à flexibilização total ao fim de um período de 11 semanas. O calendário, por sua vez, pode ser antecipado ou prorrogado, dependendo do comportamento da curva de contaminação.
Os detalhes do plano foram apresentados pelos secretários de Desenvolvimento Econômico, Bruno Schwambach, e de Planejamento, Alexandre Rebêlo, em entrevista à imprensa realizada remotamente no Palácio do Campo das Princesas.
A flexibilização escalonada ocorrerá gradativamente até o Estado chegar ao que se entende por “normalidade controlada”.
De acordo com o Governo, serão considerados, prioritariamente, a relevância socioeconômica dos setores e os riscos que o retorno de cada atividade representa para a saúde. A gestão estadual alega que os próximos 15 dias, inclusive, serão determinantes para testar a segurança da flexibilização e os impactos na saúde da população.
Todos os setores estarão sujeitos a novos protocolos de segurança, que são baseados em distanciamento social, regras de higiene e monitoramento e comunicação. (confira o cronograma completo ao fim da matéria).
Metodologia
A matriz de alerta e riscos de Pernambuco, definida pela Secretaria de Saúde, está atualmente definida em cinco níveis decrescentes, sendo 5 o mais grave (crescimento do ritmo de contágio) e 1 o mais ameno (designado de “novo normal”).
Nesta escala, o Nível 4 representa a estabilização do ritmo de contágio, que era o resultado esperado pelo Governo estadual para depois do período de intensificação da quarentena. Em seguida, no Nível 3, está a redução, de fato, do número de casos de contaminação. Por fim, o Nível 2 representa o fim da transmissão comunitária.
Cronograma de retorno para as atividades econômicas
Atingindo o Grau 4 – Estabilização da contaminação
Fase 4.1 – A partir de 1º de junho – Lojas de material de construção poderão voltar com novos protocolos de atendimento. Operações de varejo de centro, de bairro, shopping centers e comércio atacadista poderão operar exclusivamente por meio de delivery.
Fase 4.2 – A partir de 8 de junho – A construção civil terá retorno parcial tanto na Região Metropolitana do Recife quanto no interior: Na RMR, as obras estão liberadas com 50% dos funcionários e no horário das 9h às 18h. Já no interior, a liberação também é de 50%, sem determinação de horário. O comércio atacadista poderá atuar com novos protocolos, mas na RMR só será permitido no horário das 9h às 18h.
Fase 4.3 – A partir de 15 de junho – Salões de beleza e serviços de estéticas estarão liberados, mas precisarão atender um cliente por vez, por agendamento, sem fila de espera e com higienização entre um cliente e outro. Varejo de bairro poderá funcionar em lojas de até 200 metros quadrados. Shopping centers, centros comerciais e praça de alimentação poderão funcionar no regime de delivery e também de coleta. Na RMR, porém, o horário permitido será apenas entre 12h e 18h. Os treinos de futebol profissional estão liberados.
Fase 4.4 – A ser definido o retorno, conforme avaliação dos indicadores:
– Serviços médicos, odontológicos e veterinários estarão liberados, mas precisarão atender um cliente por vez, por agendamento, sem fila de espera e com higienização entre um cliente e outro. Varejo de bairro e Construção Civil também poderão retornar, mas com restrição de horário das 9h às 18h na RMR. Concessionárias e locadoras poderão retornar seguindo novos protocolos.
Atingindo o Grau 3 – redução da contaminação
Fase 3.1: A Feira, o Polo de Confecções do Agreste e os shopping centers de todo o Estado poderão voltar às atividades seguindo novos protocolos. O varejo de centro da RMR poderá voltar em lojas de até 200 metros quadrados. No interior, está liberado, respeitando protocolos específicos. Jogos de futebol estão liberados sem torcida.
Fase 3.2: Serviço público e de escritório (advogados, contadores, entre outros) poderão voltar com um terço da mão de obra. Piscinas e áreas esportivas de atividades sem contato (quadras de tênis, por exemplo) poderão funcionar.
Fase 3.3: Bares, restaurantes e lanchonetes poderão operar com 50% da capacidade. Serviço público e de escritório (advogados, contadores, entre outros) poderão ampliar atuação para 50% da mão de obra. O varejo de Centro está liberado, independentemente do tamanho da loja, respeitando novos protocolos de atendimento em todo o Estado.
Atingindo o Grau 2 – Sem contaminação comunitária
Fase 2.1 – Academias de ginástica e similares serão liberados, respeitando protocolos específicos. Serviços de escritório (advogados, contadores, entre outros) poderão ampliar atuação para 100% da mão de obra.
Fase 2.2 – Serviço público poderá voltar com 100% da mão de obra. Museus, cinemas e teatros poderão funcionar com um terço da capacidade.
Atingindo o Grau 1 – Contaminação apenas de casos importados
Fase 1.1 – Poderão funcionar em todo o Estado respeitando os novos protocolos: salões de beleza e serviços de estética; academias e similares; serviços médicos, odontológicos e veterinários; museus, cinemas e teatros; bares, restaurantes e lanchonetes; além do varejo de Centro, dos shopping centers, da Feira e do Polo de Confecções. Eventos esportivos voltarão a ser realizados com público, mas com limitação da capacidade.
Fase 1.2: Eventos gerais estarão liberados, respeitando os novos protocolos de prevenção.