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Vale do São Francisco exporta 9 milhões de caixas de manga ano

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Foto: reprodução

Segundo maior mercado consumidor final da manga produzida no Vale do São Francisco (depois da Europa), os Estados Unidos compraram da região 9 milhões de caixas, no ano passado. Entre 2005 e 2018, o consumo dos americanos aumentou 87% e hoje já importam apenas do Brasil 115 milhões de caixas da fruta que também é produzida por países como México, Peru e Equador. Cientes da importância desse mercado, produtores, técnicos e pesquisadores participaram nesta quarta-feira (7) do ‘XI Workshop Internacional da National Mango Board’, em Petrolina (PE). No evento, eles discutiram a melhoria da produção e da qualidade da fruta.

O workshop é uma iniciativa da NMB (National Mango Board), entidade de fomento ligada ao Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (sigla em inglês USDA) com apoio da Associação dos Produtores e Exportadores de Hortigranjeiros e Derivados do Vale do São Francisco (Valexport). De acordo com o diretor de marketing da instituição brasileira, Caio Coelho, foi a partir dessa parceria que os produtores da região saíram das 500 mil caixas de manga enviadas aos EUA para chegar aos 9 milhões ao ano, em 20 anos.

“Os números de exportação são grandes. Como um exportador que acompanha esse mercado, acho que chegamos a um volume que requer mais administrar do que expandir”, disse o diretor de Marketing da Valexport, Caio. Segundo o gestor, a distância do mercado estadunidense e o chamado ‘custo Brasil’ tendem a limitar maiores expansões. “Nosso custo de água e energia tem aumentado bastante nos últimos anos, somadas a isso temos as despesas com os tratos culturais, cuidados com o meio ambiente, fertilizantes e defensivos agrícolas, que custam o dobro se comparados aos países produtores concorrentes México, Peru e Equador”, explica.

No encontro, que trouxe o diretor de Pesquisa do NMB, Leonardo Ortega, e a gerente de Relações Industriais, Carla Sosa, os produtores, técnicos e pesquisadores do Vale puderam interagir em palestras proferidas por pesquisadores da Embrapa e Univasf, como: ‘Efeitos nutricionais e fisiológicos dos bioestimulantes em manga’, ‘Insumos biológicos para o manejo de pragas e doenças da mangueira’, ‘Panorama atual das pragas da mangueira no Vale do São Francisco’. À tarde, exportadores e diretores de fazendas participaram ainda de uma reunião de trabalho e discussão com os representantes da National Mango Board. Na oportunidade, fizeram análises do comportamento da manga brasileira no mercado americano, sendo apresentadas novas pesquisas desenvolvidas pela NMB.

Realizado também em outros países, o Workshop Internacional da Manga é desenvolvido de acordo com as especificidades de cada região. Leonardo Ortega diz que o objetivo do NMB é promover o marketing da manga nos EUA, visando aumentar o consumo da fruta; para isso busca ajudar exportadores dos países produtores a atenderem as normas de qualidade e consistência do fruto. “Em 2005, nós importávamos 62 milhões de caixas de manga; no ano passado nós já estávamos consumindo 87% a mais em relação aquele ano. Isso mostra nosso êxito e de nossos parceiros”, finaliza.

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