Início Notícias Usina Solar Luiz Gonzaga II está em fase de instalação no município...

Usina Solar Luiz Gonzaga II está em fase de instalação no município de Terra Nova

1882
Foto: divulgação

Há alguns anos, a Dinamarca, um país nórdico, era uma grande referência mundial no uso da energia fotovoltaica. O Nordeste, entretanto, região com maior incidência de raios solares no Brasil, não detinha uma utilização representativa deste tipo de tecnologia. O cenário local, entretanto, começa a mudar aos poucos. Nos últimos dois anos, o Brasil registrou aumento superior a 500% na utilização desta fonte de energia, de acordo com levantamento da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel). O estudo mostra, ainda, que a instalação de painéis para a captação saltou de 7,4 mil para mais de 50 mil unidades neste período. Em Pernambuco, durante o mais recente Leilão A-6 da Aneel, em outubro, uma empresa pernambucana, a Enercom Renováveis. foi a única a emplacar um projeto de geração de energia solar para o Estado: a Usina Solar Luiz Gonzaga II, em fase de instalação no município de Terra Nova, a 600 Km da capital.

A área da Luiz Gonzaga II compreende 30 MW de potência instalada em uma extensão de 100 hectares e deve produzir energia capaz de abastecer uma cidade com mais de 100 mil habitantes. A partir desta obra, a perspectiva é que sejam gerados cerca de 500 empregos diretos e outras dezenas de indiretos, no Sertão do Estado. Com investimentos que somam mais de R$ 120 milhões, a obra deve ser iniciadas em 2021 e a Usina começar a operar antes de 2025, prazo de conclusão estipulado pelas regras do Leilão. De acordo com Gustavo Perazzo, um dos sócios do empreendimento, na verdade, a antecipação será em quatro anos: junho ou julho de 2021. “Nestes leilões promovidos pelo Governo, estipula-se o prazo máximo desta entrega baseado na necessidade de energia do país. Pretendemos construir a usina antes deste período com o objetivo de gerar receita anteriormente também. Iremos, para tanto, antecipar a venda de energia no mercado livre para indústrias, hospitais, universidades, etc”, adianta. Até agora, o grupo já negociou 70% da energia da Luiz Gonzaga II em um leilão privado da Copel, companhia comercializadora de energia com sede no Paraná e operação em todo o país. Está, também, em contato com outras empresas do setor privado.

Em outro empreendimento do grupo, o Parque Solar Salgueiro, foram comercializados 100% de energia no mercado regulado. Este Parque, com 112 MW, instalado no mesmo município, segue com foco na ampliação no mercado solar e eólico e tem previsão de início da geração assinalada para junho de 2020. Este projeto assinala o aporte de R$ 360 milhões, somando R$ 480 de investimentos no Estado. Os projetos superam a marca de 2 gigawatts nos estados da Bahia, Rio Grande do Norte, Pernambuco e Paraíba. O grupo constrói as usinas em parceria com empresas canadenses, chinesas e do Oriente Médio. O objetivo, segundo Gustavo, é participar dos próximos leilões em locais como São José do Belmonte.

O alto investimento do grupo baseia-se, também, no preço convidativo da energia solar, atualmente mais barato do que outras fontes. No último leilão, por exemplo, o MW/hora foi comercializado por R$ 84, enquanto a eólica foi a R$ 100 e a de pequenas centrais hidroelétricas por R$ 220. “Ela é contratada a menos 30% do que a primeira e a um terço do valor da segunda. O intuito é que, no futuro, quando esta energia começar a ser entregue, chegue ao consumidor final ainda mais barata” acredita.

De acordo com a Aneel, a projeção para os próximos 20 anos é que aproximadamente de cerca de 50% da energia do país venha de fontes limpas. Estudo de mercado global da companhia de petróleo britânica BP estimam, ainda, que o consumo geral de energia no país deva crescer em 60%. O alto custo da energia elétrica no país e os preços mais competitivos dos equipamentos explicam o aumento da procura por fontes limpas e sustentáveis. Além disso, os painéis contam com baixa manutenção (algo em torno de 10 a 15% da receita operacional é destinado para manutenção e operação da usina) e um amplo tempo de vida útil (30 a 35 anos). “Vale ressaltar, ainda, que estes paineis estão cada vez mais eficientes e que o Governo isenta impostos. Não é preciso, por exemplo, pagar ICMS pra importar nenhum gerador de energia renovável atualmente”, conclui.

DEIXE UMA RESPOSTA

Please enter your comment!
Please enter your name here