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Troca de acusações entre padres expõe crise na Diocese de Petrolina

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Foto: reprodução

Uma extensa carta escrita pelo Padre Antônio de Jesus Moreno Pinto, e divulgada para a imprensa ontem, expõe uma turbulenta crise interna na Diocese de Petrolina, no Sertão pernambucano. Em 18 páginas, o sacerdote critica inúmeros pontos abordados pelo então Bispo Dom Francisco Canindé Palhano durante uma reunião com o presbitério e detalha supostas irregularidades  que vêm ocorrendo na instituição.

A falta de transparência na prestação de contas da igreja é uma delas. Na carta, o Padre chama de “fiasco” o que foi apresentado no encontro com o representante do Clero e diz que o “resultado  foi insatisfatório”. O sacerdote, que também foi diretor do Colégio Dom Bosco, questiona onde foi aplicado o empréstimo de R$ 1 milhão repassado pelo CDB à Diocese como parte do pagamento do Terreno do Loteamento Dom Bosco.

O pároco ainda traz à tona outros temas, como processos judiciais envolvendo padres, situação financeira preocupante do Colégio Dom Bosco, seminaristas de outras dioceses em Petrolina, saída de padres. Ele também faz uma crítica mais polêmica, em que cita um tratamento de “proteção” por parte do Bispo para com o padre e atual diretor do Colégio Dom Bosco, Padre Carlos Antônio Barbosa de Araújo Júnior.

Padre Antônio diz que por causa desse suposto privilégio, o pároco em questão articula contra outros religiosos da Diocese. “Só recebe de Dom  Francisco distinção, reconhecimento e proteção (…) O Padre Carlos não está acima do bem e do mal; nada o atinge, está sempre isento de qualquer responsabilidade. Está sempre certo”, dispara, acrescentando que ele articula contra outros religiosos.

“(…) Há indícios bem fortes de que é o mesmo que vive espreitando para encontrar motivos para condenar os que ele considera seus inimigos (…) Não adianta querer tapar o sol com a peneira. Padre Carlos é o termômetro: se ele tem algum problema de antipatia com algum padre, automaticamente passa esse clima para Dom Francisco”, escreveu padre Antônio.

Em carta resposta,  padre Carlos diz que Antônio faz acusações “inverídicas, levianas e carregadas de um sentimento de ódio” direcionadas a ele e ao seu ministério. “Pe. Antônio Moreno que a meu ver é um ser doente, desequilibrado, ardiloso, e com fortes traços de psicopatia, que cria situações de perseguição a quem não comunga com seu pensamento, nem se submete aos seus caprichos e vontades”, escreveu, complementando:

“Uma pessoa com 70 anos, com sua história de vida, mais conhecida dos Petrolinenses do que por mim, não é capaz de ter a humildade de se olhar no espelho e ver onde ele é o causador de tantas situações de conflitos e controvérias, dentro da Igreja e fora dela”, dispara. As informações são do Blog do Edenevaldo Alves.

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