Por Magno Martins
Faltando pouco mais de 15 dias para a solene posse em 1 de janeiro, muitos prefeitos eleitos no campo da oposição, derrotando grupos poderosos, continuam sem ter a mínima noção da saúde financeira dos seus municípios. A lei obriga a transição administrativa, mas, na prática, poucos cumprem, ficam no jogo de cena, no blábláblá, não dão informação alguma.
Salgueiro, a 500 km do Sertão, é um caso bem típico. Ali, o prefeito eleito Fabinho Lisandro (PRD) assistiu, pacientemente, o atual prefeito Marcones Libório (PSB) exonerar servidores, suspender obras e dispensar até estagiários da Faculdade de Ciências Humanas do Sertão Central (Fachusc), além de suspender serviços importantes, como terapias para crianças neurodivergentes.
Convocou mais de 100 aprovados no último concurso público, sem avaliar o impacto financeiro que provocará na gestão do sucessor. Fabinho constituiu uma equipe de transição, mas, segundo ele, tem encontrado dificuldades para conseguir levantar o nível de endividamento da Prefeitura e outras informações necessárias, como o comprometimento da receita com pessoal.
Em Sertânia, a 300 km do Recife, a prefeita eleita Pollyana Abreu (PSDB) judicializou a transição, também por falta de transparência. O juiz da 2ª Vara Cível do município determinou que o prefeito Ângelo Ferreira (PSB) forneça, em 24 horas, as informações que a equipe de transição da tucana pediu. O magistrado ainda determinou o acesso dos integrantes da comissão de transição de Pollyanna a todos os órgãos da administração pública direta e indireta, sob pena de multa diária no valor de R$ 1.000.
“Dentre as informações que estão sendo omitidas pela administração de Ângelo Ferreira, se destacam dados das secretarias de Finanças, Saúde, além de dados de convênios firmados com a União e com o Estado de Pernambuco”, reclama a prefeita eleita. Já o prefeito eleito de Tabira, Flávio Marques (PT), disse que vai assumir às cegas, sem saber o tamanho da verdadeira herança maldita.
“Temos dificuldade em todas as áreas na transição, porque a gente solicita informações relacionadas à folha (de pessoal), pagamentos, saldos, extratos, convênios, terceirizadas que existem no município, dados que vão aprofundar o diagnóstico, e não tem. A gente tem precisado do apoio do Ministério Público, acionando o promotor várias vezes”, assinalou Flávio.
BOMBA NAS MÃOS – Já em Belém do São Francisco, a mais de 400 km do Recife, o prefeito eleito Calby Carvalho (Republicanos) disse que não tem noção do tamanho do abacaxi que receberá do adversário, o atual prefeito Gustavo Caribé (MDB). “Constituímos uma comissão de transição para nada. O que estou sabendo da situação financeira da Prefeitura não tem sustentação oficial. Tudo no que ouvi falar, ou seja, especulações, porque o prefeito não nos passa nada. Sei que vem uma bomba por aí, mas não sabemos a extensão da sua explosão”, afirmou Carvalho.
Faltando pouco mais de 15 dias para a solene posse em 1 de janeiro, muitos prefeitos eleitos no campo da oposição, derrotando grupos poderosos, continuam sem ter a mínima noção da saúde financeira dos seus municípios. A lei obriga a transição administrativa, mas, na prática, poucos cumprem, ficam no jogo de cena, no blábláblá, não dão informação alguma.
Salgueiro, a 500 km do Sertão, é um caso bem típico. Ali, o prefeito eleito Fabinho Lisandro (PRD) assistiu, pacientemente, o atual prefeito Marcones Libório (PSB) exonerar servidores, suspender obras e dispensar até estagiários da Faculdade de Ciências Humanas do Sertão Central (Fachusc), além de suspender serviços importantes, como terapias para crianças neurodivergentes.
Convocou mais de 100 aprovados no último concurso público, sem avaliar o impacto financeiro que provocará na gestão do sucessor. Fabinho constituiu uma equipe de transição, mas, segundo ele, tem encontrado dificuldades para conseguir levantar o nível de endividamento da Prefeitura e outras informações necessárias, como o comprometimento da receita com pessoal.
Em Sertânia, a 300 km do Recife, a prefeita eleita Pollyana Abreu (PSDB) judicializou a transição, também por falta de transparência. O juiz da 2ª Vara Cível do município determinou que o prefeito Ângelo Ferreira (PSB) forneça, em 24 horas, as informações que a equipe de transição da tucana pediu. O magistrado ainda determinou o acesso dos integrantes da comissão de transição de Pollyanna a todos os órgãos da administração pública direta e indireta, sob pena de multa diária no valor de R$ 1.000.
“Dentre as informações que estão sendo omitidas pela administração de Ângelo Ferreira, se destacam dados das secretarias de Finanças, Saúde, além de dados de convênios firmados com a União e com o Estado de Pernambuco”, reclama a prefeita eleita. Já o prefeito eleito de Tabira, Flávio Marques (PT), disse que vai assumir às cegas, sem saber o tamanho da verdadeira herança maldita.
“Temos dificuldade em todas as áreas na transição, porque a gente solicita informações relacionadas à folha (de pessoal), pagamentos, saldos, extratos, convênios, terceirizadas que existem no município, dados que vão aprofundar o diagnóstico, e não tem. A gente tem precisado do apoio do Ministério Público, acionando o promotor várias vezes”, assinalou Flávio.
BOMBA NAS MÃOS – Já em Belém do São Francisco, a mais de 400 km do Recife, o prefeito eleito Calby Carvalho (Republicanos) disse que não tem noção do tamanho do abacaxi que receberá do adversário, o atual prefeito Gustavo Caribé (MDB). “Constituímos uma comissão de transição para nada. O que estou sabendo da situação financeira da Prefeitura não tem sustentação oficial. Tudo no que ouvi falar, ou seja, especulações, porque o prefeito não nos passa nada. Sei que vem uma bomba por aí, mas não sabemos a extensão da sua explosão”, afirmou Carvalho.