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Teori manda para Moro processos contra ex-ministros de Dilma

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altWagner, Ideli, Edinho, Delcídio e Gabrielli perdem o foro privilegiado

Agência O Globo / Foto Reprodução

BRASÍLIA — O ministro Teori Zavascki, do STF, determinou nesta segunda-feira que cinco procedimentos da Operação Lava-Jato sejam encaminhados ao juiz Sérgio Moro: um inquérito contra o ex-ministro Edinho Silva e quatro petições com indícios contra os ex-ministros Jaques Wagner e Ideli Salvatti, o ex-senador Delcídio Amaral, e o ex-presidente da Petrobras José Sergio Gabrielli. Correm no STF apenas processos em que pelo menos um dos investigados tem foro privilegiado, caso de deputados e senadores. Nenhum dos cinco políticos se enquadra nesta situação. Teori também devolveuas para Moro as investigações sobre o ex-presidente Lula que estavam no tribunal. Na mesma decisão, o ministro do STF anulou parte das escutas telefônicas em conversas do ex-presidente depois do período autorizado por Sérgio Moro.

Das quatro petições, duas trazem trechos da delação do ex-diretor internacional da Petrobras Nestor Cerveró, na qual ele diz que a campanha do então candidato Jaques Wagner ao governo da Bahia pelo PT, em 2006, foi beneficiada com recursos desviados da Petrobras.

Em uma das petições, Cerveró disse que o apoio financeiro dado por Gabrielli, na época presidente da Petrobras, foi o que permitiu Wagner sair da condição de azarão para vencer a eleição. De acordo com Cerveró, Gabrielli, por sua vez, só conseguiu chegar ao posto porque teve o apoio de Wagner.

Outras duas petições que tiveram origem na delação de Cerveró também foram encaminhadas para Moro. Uma delas analisa se ex-senador Delcídio Amaral, também delator da Lava-Jato, recebeu propina da multinacional francesa Alstom para a exploração de usinas termelétricas, na época em que era diretor de Gás e Energia da Petrobras, ainda durante o governo do tucano Fernando Henrique Cardoso.

A outra petição apura se a ex-senadora e ex-ministra Ideli Salvatti interferiu na BR Distribuidora, subsidiária da Petrobras, para renegociar uma dívida de R$ 90 milhões que a transportadora Dalçoquio tinha com a estatal.

Teori também mandou para a primeira instância inquérito aberto para investigar se Edinho Silva, ex-tesoureiro da campanha à reeleição da presidente Dilma Rousseff, solicitou doações ilícitas ao empresário Ricardo Pessoa, dono da empreiteira da UTC. Em 2015, Edinho se tornou ministro de Comunicação Social de Dilma.

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