O ex-presidente Michel Temer foi transferido, nesta segunda-feira (13), para o Comando de Policiamento de Choque da Polícia Militar de São Paulo. Ele deixou a sede da Superintendência da Polícia Federal da capital, onde estava instalado, por volta das 15h30min e fez uma parada no Instituto Médico Legal (IML) para exame de corpo delito, onde ficou por cerca de uma hora. Depois, prosseguiu para o batalhão da PM.
A juíza Caroline Figueiredo, da 7ª Vara Criminal Federal do Rio, autorizou a transferência para a unidade militar, que conta com uma sala de Estado Maior, pedido da defesa de Temer. Inicialmente, o ex-presidente ocupou uma sala de reuniões sem banheiro no 9º andar da sede da PF, próximo ao gabinete do superintendente regional da corporação. Na sexta (10), ele passou para uma sala improvisada no 10º andar, com condições mais propícias, mas ainda assim não ideais como a de Estado Maior.
Habitualmente, autoridades com direito a esse tipo de sala são alojadas neste batalhão, que sedia o Regimento de Polícia Montada 9 de Julho, no bairro da Luz. A sala de Estado Maior é separada dos demais presos e têm à disposição “comodidades e instalações dignas”, ou seja, com condições adequadas de higiene e segurança. O espaço onde o ex-presidente ficará preso conta com um frigobar, uma sala de reuniões e um banheiro privativo.
Temer é acusado de liderar uma organização criminosa que teria agido durante 30 anos e desviado R$ 1,8 bilhão em contratos do setor público – crimes que ele nega enfaticamente.
Na próxima terça-feira (14), a Sexta Turma do Superior Tribunal de Justiça vai julgar um pedido de habeas corpus.