Desta vez, o presidente Michel Temer (MDB) não ficou só na promessa. Após dizer que possuía um relatório com ações em Pernambuco para se defender das sucessivas críticas do governador Paulo Câmara (PSB), o emedebista apresentou os documentos para desmentir o ex-aliado. Segundo a Secretaria-Geral da Presidência da República, o Governo Temer investiu, de maio de 2016 – quando assumiu interinamente – até hoje- R$ 2,73 bilhões no Estado, enquanto a antecessora, Dilma Rousseff (PT), teria transferido R$ 1,50 bilhão, de 2015 até abril de 2016, quando foi afastada.
A manifestação de Temer ocorreu um dia depois do senador Fernando Bezerra Coelho (MDB), aliado do senador Armando Monteiro Neto (PTB) adversário de Câmara, ter assumido a liderança do Governo no Senado. E toda a planilha busca se contrapor à gestão petista, de quem agora Câmara é aliado. Temer ainda prometeu executar até o final do mandato 348 projetos, com orçamento total de R$ 8,43 bi, sendo outros oito projetos de recursos hídricos, além da Adutora do Agreste, com orçamento de R$ 226,2 milhões.
Os dados do Planalto destacam duas áreas sensíveis a Câmara: a Educação, que foi comandada pelo ex-ministro Mendonça Filho (DEM), e para a Adutora do Agreste, que o governador reclamou de não ter recebido R$ 1 em 2018. O Planalto, todavia, confirma a afirmação do socialista. Contudo, em 2017, houve transferência de R$ 194 mi e, entre maio e dezembro de 2016, R$ 113,2 mi. Dilma teria repassado o total de R$ 118 mi no segundo mandato.
Quanto a Educação – uma das bandeiras de campanha de Câmara -, o Governo Temer teria investido R$ 643,5 mi, enquanto a petista teria aplicado R$ 302,3 mi, entre 2015 e abril de 2016. Este, inclusive, é um tema caro a Mendonça Filho que já teria desafiado o governador a debater sobre investimentos na área.