O presidente trabalha com a ideia de impedir a denúncia contra ele já na primeira metade do próximo mês
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Após denunciar Michel Temer por corrupção passiva ao Supremo Tribunal Federal (STF), o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, deverá sofrer com o enfrentamento direto do presidente que defende que o magistrado tenta condená-lo sem provas. Em articulação feita junta com ministros e parlamentares, o peemedebista planeja uma reação política e jurídica contra a denúncia.
A defesa de Temer pretende apontar que Janot trabalha contra os políticos em geral e suas denúncias não tem sustentação, sendo suas conclusões fruto de uma atuação parcial e voltadas para manchar a imagem do presidente.
Na manhã dessa segunda (26), o presidente já se pronunciou em discurso afirmando que a agenda de modernização do Brasil implementada no seu Governo é a mais ambiciosa. “Não há plano B. Há de seguir adiante. Nada nos destruirá. Nem a mim, nem aos nossos ministros”, complementou. Após o ocorrido, o Palácio analisa como a acusação de Janot será recebida pelos brasileiros.
O presidente trabalha com a ideia de impedir a denúncia contra ele já na primeira metade do próximo mês e o Palácio quer garantir que um relator amigável ao governo seja nomeado para que a acusação da PGR seja recusada.
Denúncia
Formulada por Rodrigo Janot, a denúncia tem como foco a associação direta do presidente com a mala de R$ 500 mil entregue pela JBS ao ex-assessor do Governo, Rodrigo Rocha Loures. Os apoiadores de Temer pretendem basear a defesa no fato de que o dinheiro ficou sob posse de Loures, portanto não seria possível atestar que o montante beneficiou o presidente.
