Em discurso de Natal, ele defendeu as medidas econômicas tomadas em seu governo.
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RIO – Em seu discurso de Natal, que veiculado na noite deste sábado em cadeia nacional, o presidente Michel Temer defendeu as medidas econômicas tomadas “em pouco mais de cem dias” de governo definitivo e colocou 2017 como o ano em que “derrotaremos a crise”. Sem mesóclises ou formalidades, Temer optou por uma linguagem simples para convencer a população dos benefícios trazidos por mudanças feitas, como a emenda constitucional que congela os gastos públicos por 20 anos e a lei de responsabilidade das estatais.
“Com os esforços que fizemos a inflação caiu e voltou a ficar dentro da meta, o que vai colocar um freio na carestia que você sente no supermercado”, disse o presidente, no discurso. Em outro trecho, destacou que os “brasileiros pagam muitos impostos e pouco recebem em troca”, para afirmar que tem como desafio “desburocratizar o Estado e melhorar a qualidade da administração pública”.
Numa referência ao fim do mandato e ano de eleições, Temer disse: “Chegaremos em 2018 preparados e fortes para avançar ainda mais”. Segundo ele, além das medidas já tomadas, é preciso avançar em outras reformas estruturais, como a do ensino médio e da Previdência. “Estamos começando a reforma da Previdência para que sua sagrada aposentadoria esteja garantida agora e no futuro”, declarou.
Temer frisou, ao longo do discurso, que as medidas foram tomadas “em poucos meses” para mudar as estruturas do país num “desafio complexo e árduo, mas indispensável”. Ressaltou que a Saúde, grande preocupação dos brasileiros, terá R$ 8 bilhões a mais no orçamento. Mas foi o único número usado pelo presidente, que optou por um discurso mais emocional, dentro do espírito natalino, do que baseado em dados ou estatísticas. “Que nos deixemos, portanto, guiar pelas virtudes da temperança e da solidariedade”, pediu.
O presidente fez uma homenagem ao cardeal Dom Paulo Evaristo Arns, que morreu recentemente, apontando que esperança e coragem foram o lema e marca do religioso para dizer que “coragem e sentimento de esperança” não faltarão a ele na condução do país. Pregando a certeza de que o Brasil retomará “desta vez um crescimento sustentável e responsável”, Temer pediu a ajuda de todos para “reconstruir o país”, prometendo que “o próximo Natal será muito melhor que este”.