
Por Estadão
A taxa de desemprego ficou em 6,5% no trimestre encerrado em janeiro, de acordo com dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua), divulgados nesta quinta-feira, 27. No trimestre móvel imediatamente anterior, encerrado em dezembro de 2024, a taxa foi de 6,2%.
O resultado veio dentro do esperado pelo Projeções Broadcast, cujo intervalo variava de 6% a 6,7%. A mediana das previsões era de 6,6%. No trimestre móvel de novembro de 2023 a janeiro de 2024, a desocupação foi de 7,6%.
Calculada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a Pnad Contínua também mostrou que a população ocupada somou 102,969 milhões no trimestre encerrado em janeiro. O contingente de desocupados foi de 7,2 milhões.
Os números do mercado de trabalho revelam um cenário ainda forte para o emprego, que mostrou uma resiliência surpreendente nos últimos anos. Agora, no entanto, deve começar a enfrentar alguma desaceleração na abertura de vagas por causa do cenário econômico mais difícil num momento em que mais brasileiros devem voltar a procurar emprego.
O número de dezembro do ano passado já deu indícios dessa perda de fôlego, dado que a taxa de desemprego de 6,2% representou o primeiro avanço em oito trimestres.
“É um mercado de trabalho em desaquecimento, mas ainda forte. Não vejo um mercado fraco”, afirma Fernando de Holanda Barbosa Filho, pesquisador sênior da área de Economia Aplicada do Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getúlio Vargas (FGV Ibre).