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Suspeito de aliciamento deve pagar R$ 25 mil por tráfico de pessoas no Sertão

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O Ministério Público do Trabalho e Emprego (MPTE) em Pernambuco, também registrou denúncias de trabalho escravo em Araripina.

Do G1

O Ministério Público do Trabalho e Emprego (MPTE) em Pernambuco e um suspeito de aliciar pessoas para trabalho escravo assinaram um Termo de Ajuste de Conduta nesta quinta-feira (09) em Petrolândia, no Sertão. A procuradora Débora Tito informou que o homem concordou em pagar o valor de R$ 25 mil a instituições sem fins lucrativos do município. Ainda segundo a procuradora, outro suspeito foi identificado. “Ele está trabalhando em Trindade [Sertão], mas já se comprometeu em assinar o termo”.

O armador Luiz André de Oliveira, desempregado, ficou sabendo que haveria vagas em uma construtora de São Paulo. Para conseguir o emprego precisou pagar uma quantia em dinheiro, mas, quando chegou lá, a situação era outra. “Fez todo tipo de exame lá, ficou esperando só a integração. Passou quase um mês e eles falaram que a vaga que tinham lá, a gente não ia fechar mais.”

A vítima fala que o imóvel onde eles ficaram não tinha condições para habitação. “Lá não tinha nada na casa. Não tinha o que comer, não tinha colchão, não tinha nada. Tinha só agente dentro mesmo. Sem dinheiro, e passando necessidade”.

O ajudante de pedreiro Ronaldo dos Santos também foi alvo dos suspeitos. Ele viajou para Belo Horizonte e também não encontrou trabalho. “A gente não chegou a trabalhar lá. A gente, quando chegou em março, ficamos (sic) parado na faixa de 15 dias, mais ou menos, para organizar as papeladas com a firma, mas não deu nada certo. No mínimo eu fiquei um mês e quinze dias sem trabalhar”, relata.

O dono da empresa onde os trabalhadores procuravam emprego – e que pagará a indenização – não quis gravar com a reportagem do telejornal.

Entenda: Um suspeito de aliciamento de pessoas para fim de trabalho escravo foi identificado em Petrolândia. De acordo com a procuradora Débora Tito, do Ministério Público do Trabalho e Emprego (MPTE) em Pernambuco, ele atuava desde 2010 e já teria encaminhado mais de mil pessoas para diversos estados do país, como São Paulo, Minas Gerais e Pará.

“Viemos numa força tarefa nacional – acompanhados da Polícia Federal e da Polícia Rodoviária Federal – e constatamos a existência do crime e da irregularidade trabalhista. Esse cidadão tem uma agência irregular de emprego, cobra R$ 20 para cada trabalhador se cadastrar, o que é ilegal, e R$ 600 por cada suposta vaga de trabalho para transportá-los para diversas regiões do país”, frisou a procuradora.

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