De acordo com a parlamentar, Pernambuco concentrou mais de 20% dos casos do País entre 2015 e 2016, o que corresponde a duas mil notificações
ASCOM – Alepe / Foto: divulgação
A deputada Socorro Pimentel (PSL) ocupou a tribuna, nesta segunda (18), durante a Reunião Plenária, para conclamar os deputados a usar sua capacidade de diálogo e de união em prol das famílias de crianças afetadas pela síndrome congênita do vírus da zika.
De acordo com a parlamentar, Pernambuco concentrou mais de 20% dos casos do País entre 2015 e 2016, o que corresponde a duas mil notificações. O perfil dessas famílias, enfatizou, é quase sempre de pessoas sem recursos para arcar com as despesas com medicamentos, alimentação e fraldas, assim como os deslocamentos que se fazem necessários. Pimentel considerou baixo, ainda, o valor do Benefício da Prestação Continuada (BPC), de apenas um salário mínimo.
A parlamentar citou os problemas enfrentados pelas crianças, como alimentação por sonda, pneumonia e dificuldades motoras e visuais, para destacar a necessidade de cuidados especiais, por meio de uma rede de multiprofissionais. “Entre as principais queixas, está a dificuldade em realizar o acompanhamento com especialistas, como fisioterapeutas, fonoaudiólogos e terapeutas ocupacionais, pelo SUS. Realizar exames também: há casos de crianças que estão na fila de espera há cerca de oito meses”, apontou.
Socorro Pimentel lembrou, ainda, que os municípios arcam com as responsabilidades sem que haja repasses por parte do Governo Federal. “Embora a comoção inicial com os casos de microcefalia tenha sido grande, hoje, dois anos após o surto, as crianças e suas famílias ainda precisam de ajuda e não podem cair no esquecimento”, pontuou.