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Social, a arma de Bolsonaro

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Foto: reprodução

Por Magno Martins

Economia reagindo, um grande número de obras a ser entregue e, principalmente, investimento forte na área social. Esses são os três ingredientes que o presidente Bolsonaro conta para pavimentar o projeto da sua reeleição numa eleição cujo cenário está pintando numa polarização com o ex-presidente Lula, com poucas chances de surgir uma terceira via que empolgue o eleitorado.

Na área social, Bolsonaro aposta no novo Bolsa Família. Em entrevista, ontem, a Rádio 96 FM, de Natal, o presidente disse que o valor mensal do novo Bolsa Família pode chegar a R$ 400. “Nós vamos levar para no mínimo R$ 300, podendo chegar a R$ 400. Houve inflação, sim. No mundo todo, os alimentos subiram de preço, tendo em vista a pandemia”, afirmou.

Acrescentou que o valor “ideal” seria de R$ 400 para o benefício. Segundo o chefe do Executivo, a mudança é estudada para novembro ou dezembro. “Ainda para este ano”. Segundo o blog apurou, um dos principais impasses postos à mesa nos últimos dias entre o grupo político de ministros – formado por Ciro Nogueira (PP-PI), Flávia Arruda (PL-DF) e João Roma (Republicanos-BA) – e a equipe econômica, do ministro Paulo Guedes, é a possibilidade de extrapolar o limite de despesas, o chamado teto de gastos, para financiar o auxílio aos mais pobres.

“Houve, sim, inflação de alimentos, tenho buscado a equipe econômica dentro da responsabilidade”, disse, na mesma entrevista. O presidente afirmou que o governo estuda um Vale Gás para beneficiários do Bolsa Família. Informou que, pela proposta em análise, seria concedido um botijão de gás a cada dois meses para as pessoas que fazem parte do programa social.

Os recursos para o chamado “vale gás” do governo federal viriam de um fundo da Petrobras. A estatal, contudo, negou, em comunicado do dia 31 de julho, que haja uma definição sobre a implementação do programa e sobre o montante de participação da companhia. “A Petrobras tem um fundo de mais ou menos três bilhões para fazer programa nesse sentido. Está bastante avançada essa proposta, depende de pequenos acertos, porque a Petrobras não é minha, tem participação do privado. Estamos negociando isso”, disse. “A ideia é dar um botijão de gás a cada 2 meses para o pessoal do Bolsa Família”, completou.

Auxílio Brasil – O Governo pretende criar, também, o Auxílio Brasil, um novo programa que incluirá dinheiro novo para os beneficiários: atletas, alunos com alto rendimento escolar e como complemento para quem busca emprego, entre outros. A princípio, o Bolsa Família continuará existindo com esse nome e será parte do novo programa. O texto da MP (medida provisória) do Bolsa Família estava previsto para sair ontem. Não terá valor definido. Dependerá de aprovar a PEC dos precatórios. Se a PEC dos precatórios não for aprovada, haverá Auxílio Brasil e pagamento de precatórios. Mas será inevitável estourar o teto, na avaliação do governo.

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