Diante do aumento da censura no Brasil, os jornalistas Luís Ernesto Lacombe, Allan dos Santos e Max Cardoso lançam um novo empreendimento de comunicação nos Estados Unidos, a Revista Timeline. A iniciativa busca proteção na Primeira Emenda americana, que garante a liberdade de expressão no país, e busca ser uma plataforma diversificada de conteúdos em texto, áudio e vídeo, com enfoque em política, cultura, saúde e bem-estar.
Em entrevista à coluna Entrelinhas, Allan dos Santos comentou que está empolgado com o novo projeto e, especialmente, com a parceria de Lacombe. “É a primeira vez que temos um editor-chefe tão gabaritado”, expressou. Já Lacombe, também colunista da Gazeta do Povo, destacou as dificuldades impostas pela censura brasileira. “Mesmo com os três idealizadores do projeto fora do Brasil, a ameaça de censura existe”, comentou, ressaltando que o público majoritário está no país e pode ser impedido de acessar os conteúdos.
O jornalista enfatizou que o projeto foi iniciado com apoio de doações, incluindo equipamentos de vídeo. Lacombe também revelou planos de expansão, com a criação de um programa ao vivo semanal. Ele mencionou ainda que dois importantes colaboradores se juntaram ao projeto: o neurocirurgião Paulo Porto de Melo, que criticou a Organização Mundial de Saúde em seu primeiro artigo, e o renomado pianista Álvaro Siviero, que contribuirá com análises sobre música erudita.
Sobre a visão editorial da revista, Lacombe afirmou que o foco será a busca “pela verdade e pela valorização da cultura”, em contraponto ao que ele chamou de “lixo cultural” dos meios de comunicação tradicionais.
Quanto ao futuro do projeto, Lacombe revelou que há o sonho de transformar a empresa em um canal de TV a cabo ou até de TV aberta. No entanto, ele reconheceu que esse objetivo é distante. “Sonhar não custa nada. Nossos sonhos são grandes, mas exigem passos realistas”, analisou. Entre os planos futuros, também está a produção de uma série ficcional baseada nas histórias reais de perseguidos políticos no Brasil nos últimos anos. (Gazeta do Povo)