Região chove 750 mm em média. O IPA já testou soja na sua estação experimental
Por Ronaldo Lacerda / Foto: reprodução
Chuva artificial, se necessário, seria a garantia numa região que chove 750 mm em média e por onde passam densas nuvens entre janeiro e maio.
O IPA já testou soja na sua estação experimental. Produtor já testou individualmente. A chapada é uma planície. Temos gesso agrícola. Para quem acha caro, resta dizer que caro mesmo é tirar do rio. Aqui em Araripina, duas ou três, ou nenhuma vez seria necessário provocar chuva artificial. Entre os municípios de Araripina (região próxima ao IPA), Ipubi, Salitre (CE) e Caldeirão (PI), trecho onde chove mais e com mais frequência, seria possível explorar 50 ml hectares de soja e somente esta área seria suficiente para abastecer com 500 toneladas/dia a Indústria de Óleos Icoasa, que pode reabrir importando grãos do Sul do Piauí. Esta atividade agroindustrial desencadearia uma sequência de outras atividades, na pecuária sobretudo, com expansão da caprionvinocultura intensiva de corte, bovinocultura de corte e de leite, abrindo a janela para laticínios modernos em nossa região.
Falta apenas vontade. É mais barato bombardear nuvens densas algumas vezes em dois meses numa região concentrada se comparado a sangrar o Velho Chico. Não falta projetos. Não falta terras. Não falta gente. Não falta a indústria montada. Não falta gesso agrícola na porta nem técnicos, pois temos IPA e uma faculdade de agronomia. Dizer que falta vontade é redundância. Dizer que falta vergonha é ‘ignorância’. Então falta começar.
Veja o mapa das chuvas na região num período tido como seco. Veja a produção estupenda de um pé de soja plantado sem adubo, em teste realidado pelo plantador de mandioca Carlinhos Gomes. Veja a tecnologia que garante a colheita por possibilitar chuva artificial em caso de escassez no período da florada.