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Serra Talhada é a primeira parada do projeto Fala Periferia!, promovido pela Secult-PE

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Foto: divulgação

Neste sábado (15), 1º Encontro de Expressões Culturais das Periferias de Pernambuco reunirá gestores/as, agentes culturais e artistas na Câmara Municipal, a partir das 13h, para uma tarde de troca de ideias, escutas, propostas e demandas em torno da cultura popular pernambucana

Mais uma ação de interiorização do Governo de Pernambuco, capitaneada pela Secretaria Estadual de Cultura (Secult-PE), cai na estrada, este fim de semana, descentralizando suas ações e estreitando as distâncias na área cultural. Este sábado (15), estreia o Fala Periferia!: 1º Encontro de Expressões Culturais das Periferias de Pernambuco. A primeira parada acontece no município de Serra Talhada (Sertão do Pajeú), a Capital do Xaxado e terra natal de Lampião, distante 412 quilômetros do Recife. As próximas edições acontecem em Caruaru (Agreste), em junho; Goiana (Zona da Mata), em agosto; e no Recife, em outubro.

Gestores/as e agentes culturais e artistas se reúnem na Câmara Municipal, a partir das 13h, para uma tarde de troca de ideias, escutas, propostas e demandas em torno da cultura popular contemporânea pernambucana. Além de apresentações e bate-papos, estão previstas intervenções de artistas locais e show da rapper e coquista Jéssica Caitano, vocalista da banda Radiola Serra Alta.

“Não espere nada do centro/se a periferia está morta.” Os versos da canção Destruindo a Camada de Ozônio (Fred 04, Tony Regalia & Fábio Malandragem), do álbum Guentando a Ôia (1996), da banda Mundo Livre S/A, deu o alerta há quase três décadas.

Com o Fala Periferia!, as mais diferentes linguagens da cultura popular contemporânea, do Litoral ao Sertão, estão contempladas: hip hop, skate, passinho, tatuagem, poesia, batalha, DJ, pintura, moda e tudo o que está vinculado ao movimento das expressões da periferia. Todas, todos e todes estão convocados a participar e mobilizar suas redes de interesse e veículos de comunicação da região.

Serão realizadas ações de escuta das demandas centrais dos agentes das culturas periféricas; definição de prioridades para a formulação da política cultural para os segmentos envolvidos; identificação de aspectos positivos que levam ao êxito de expressões em foco; apreensão dos conceitos e das ferramentas para a gestão cultural visando instigar e empoderar para autonomia empreendedora para além dos editais; e eleição de representantes do Fala Periferia! com ao menos um preposto por linguagem artística. As inscrições para participação são realizadas no local.

“Vamos conversar, ouvi-los, escutá-los e, ao mesmo tempo, caso queiram apresentar um trabalho, vamos estar lá, de coração aberto”, afirma Silvério Pessoa. “É um momento inicial de uma grande movimentação a partir desse primeiro encontro.”

A programação tem início com uma apresentação de Silvério sobre os planos da Secretaria de Cultura e as linhas estruturadoras da nova política cultural do Estado. Em seguida, o secretário-executivo de Cultura, Leo Salazar, explica as linhas gerais das políticas de fomento, particularmente das Leis Paulo Gustavo e Aldir Blanc.

Esta semana, no Recife, Silvério Pessoa, recebeu na Secult-PE, a coordenadora da Central Única das Favelas (Cufa), Altamiza Melo, que vem prestando consultoria ao Fala Periferia! devido a sua experiência junto às comunidades, às expressões artísticas das periferias e experiência como a feira Expo Favela. Em Serra Talhada, a Cufa e o Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae) contam com estandes no local visando mapear atividades culturais, de artistas e grupos; realizar cadastro cultural de grupos, artistas e produtores; e prestar informações sobre empreendedorismo, gestão e políticas culturais.

Isso é cultura. Isso é Pernambuco. Solte o verbo que isso é FALA PERIFERIA!

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