Petista seguirá exercendo o mandato de senador durante o dia e, à noite, ficará em prisão domiciliar.
Por Claudio Humberto / Jornal do Commercio
O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Teori Zavascki mandou soltar o ex-líder do governo Dilma no Senado Delcídio do Amaral (MS) depois que o petista negociou acordo de delação premiada com a Procuradoria-Geral da República (PGR), informação antecipada pelo Diário do Poder. Para ser solto, o parlamentar teria feito revelações importantes para a continuidade das investigações da Lava Jato, pois gozava de boa relação com políticos de diversos partidos.
Por enquanto, Teori determinou uma espécie de prisão domiciliar, onde Delcídio deve ficar em casa à noite e em dias de folga, enquanto possuir mandato de senador. O advogado do parlamentar está no STF aguardando orientações para saber se Delcídio terá ou não que usar tornozeleira eletrônica, pois caso tenha o mandato suspenso ou cassado, será mantido em prisão domiciliar 24h por dia. Chefe de gabinete do parlamentar, Diogo Ferreira também vai sair da carceragem da superintendência da Polícia Federal para cumprir prisão domiciliar integral até que comprove vínculo empregatício lícito.
O ex-líder de Dilma foi preso em flagrante por atrapalhar as investigações da operação Lava Jato depois de uma conversa gravada por Bernardo Cerveró, filho do ex-diretor da Petrobras Nestor Cerveró. No encontro, Delcídio contou vantagens sobre influência sobre os ministros do STF e propôs um plano de fuga em avião particular para Cerveró com o objetivo de evitar a delação premiada de Cerveró. Outra mostra de interesses maiores no fim da delação de Cerveró foi a oferta de R$ 50 mil mensais, bem mais do que o salário recebido pelo senador.