Por não ter todos os atletas regularizados, o treinador Cleibson Ferreira teve que escalar goleiro como atacante e não pode fazer substituições durante a partida
TV Grande Rio
Inusitado é a palavra que descreve a situação vivida pelo técnico do Araripina, Cleibson Ferreira, na partida contra o Petrolina, na estreia do Pernambucano Série A2. Com apenas metade do elenco regularizado, o treinador teve que se virar nos 30 para montar a equipe. Com goleiro atuando como atacante, jogador lesionado e time adversário inteiramente irregular, Cleibson confessa ter presenciado algo novo na sua carreira.
– Até comentei com os meninos durante o jogo. Isso nunca aconteceu na minha vida. Você ter um goleiro como atacante, banco sem jogador, entrar com jogador lesionado. Mas é como eu falei pra eles. Os atletas que entraram foram os que vão defender a camisa, representar o clube – disse Cleibson.
Após seu “goleiro linha” abrir o placar, o Araripina tomou a virada do Petrolina e perdeu o jogo por 3 a 1. Como a Fera Sertaneja também estava com jogadores irregulares, mas mesmo assim mandou os atletas a campo, a diretoria do Bode pretende entrar com uma representação.
– Vejo isso como injustiça. Uma coisa que você buscou trabalhar certo, tive a dor de cabeça de buscar ter os jogadores no BID (Boletim Informativo Diário- da Confederação Brasileira de Futebol – CBF). Fizemos nossa parte, procuramos entrar com a equipe regular, quebramos a cabeça para montar o time com as peças que tínhamos. Agora o jurídico do clube vai se movimentar para resolver essa questão – afirma. Enquanto não há uma definição sobre o que vai acontecer com o resultado da partida, o técnico do Bode monitora o site da CBF, para na próxima partida, no domingo, não ter que reviver tudo de novo.
– Desde ontem estou 24 horas no computador para ver se os nomes aparecem no BID. Uma coisa é certa: muitos jogadores já tiveram a documentação enviada e estamos aguardando. A gente espera que daqui para o final do dia alguns já apareçam.