Corpos são retirados da Penitenciária Federal de Alcaçuz, na região metropolitana de Natal
Estadão Conteúdo / Foto: reprodução
A Secretaria de Segurança do Rio Grande do Norte confirmou no fim da tarde deste domingo, 15, pelo menos 26 mortos em rebelião na Penitenciária Estadual de Alcaçuz, na região metropolitana de Natal. O motim começou na noite de sábado, 14, e só foi controlado no início da manhã deste domingo, 15, com a entrada de policiais militares e agentes penitenciários no local.
Em coletiva de imprensa no final da manhã, o secretário de Estado da Justiça e da Cidadania do Rio Grande do Norte, Wallber Virgolino Ferreira da Silva, havia confirmado ao menos 10 mortos Entretanto, o secretário foi informado por um agente penitenciário, na frente dos jornalistas, que 26 corpos já tinham sido encontrados. “Secretário, eu contei 26 troncos”, disse o servidor ao secretário diante de jornalistas e assessores. Wallber Virgolino não comentou o número.
Pelo menos seis homens, pertencentes à facção criminosa Primeiro Comando da Capital (PCC), foram identificados como os responsáveis pela rebelião que destruiu parcialmente a penitenciária e o Pavilhão Rogério Coutinho Madruga. Eles serão transferidos para unidades penitenciárias estaduais ou federais.
Segundo o secretário, a rebelião foi a maior já registrada no complexo prisional, fundado no final da década de 1990. “É a maior rebelião em número de mortos, mas não iremos superar Roraima”, afirmou o secretário. No sábado, 7, 31 presos foram mortos em penitenciária de Roraima.
Um indicativo de que o número de vítimas pode ser maior do que o anunciado até agora é a estrutura montada pelo Instituto Técnico de Perícia (Itep/RN). O diretor do órgão, Marcos Brandão, confirmou que foi montada uma estrutura com capacidade para receber até 100 corpos. Um caminhão refrigerado com espaço para armazenar 50 cadáveres foi alugado pelo Itep/RN para auxiliar o trabalho.