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‘Se me hostilizarem , não será problema meu’, diz Dilma sobre seu discurso

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altPresidente afastada irá defender o seu mandato no Senado no próximo dia 29

Folha de SP / Foto: Reprodução

Dilma Rousseff estava mais bem humorada do que no último encontro. Essa foi a impressão quase unânime de quem esteve nesta quinta-feira (18) no Palácio da Alvorada para tratar do discurso que a presidente afastada fará no Senado na próxima segunda-feira (29).

Será uma espécie de interrogatório em que a petista vai se defender da acusação de ter cometido crime de responsabilidade fiscal. E Dilma se dizia tranquila.

“Se me hostilizarem, não será problema meu”, afirmou a aliados. “Se o Senado quiser repetir a sessão da Câmara, é um problema do Senado”, completou em referência à votação de 17 de abril, em que deputados autorizaram a abertura do processo de impeachment com saudações, inclusive, ao torturador de Dilma, o coronel Carlos Brilhante Ustra.

Não foi um trabalho fácil convencer a presidente afastada a comparecer ao plenário do Senado. Ela estava reticente e ouviu todas as argumentações de auxiliares antes de bater o martelo no início desta semana.

Agora, afirmam pessoas próximas, “Dilma volta a ser Dilma” e dedica quase que a totalidade de seu dia na preparação do discurso. Seu advogado, José Eduardo Cardozo, vai começar a trabalhar na produção do texto neste fim de semana.

Há apenas uma linha geral definida, nada de muito diferente do que a defesa vem apresentando durante todo o processo. Dilma se diz inocente, afirma que não cometeu crime de responsabilidade e que seu impeachment, da forma como está colocado, é “golpe”.

A petista deve também dar um tom autoral e emocional ao discurso. Mas aliados afirmam que isso é bastante pessoal dela e que pode, inclusive, sair de improvido durante alguma resposta. 

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