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Saindo do Buraco: Brasil deve crescer 0,5% em 2017, projeta o Banco Mundial

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Em 2016, país retrocede 3,4%, segundo entidade. Para América Latina, avanço será de 1,2% este ano.

O Globo / Foto: reprodução

WASHINGTON – O novo relatório de “Perpectivas Globais Econômicas” do Banco Mundial, divulgado nesta terça-feira, apresentou dados positivos para o futuro da economia brasileira. No documento, a entidade projeta um avanço econômico de 0,5% para o Brasil este ano “na liberação das restrições do mercado”. Já com relação a 2016, estima-se um forte retrocesso de 3,4% para o país. Em 2019, o país crescerá 2,2%, após expansão de 1,8% em 2018, segundo a organização.

Para a América Latina, o Banco Mundial prevê uma retomada do crescimento de 1,2% em 2017, após recuo estimado de 1,4% no ano passado. O quadro seria o segundo ano consecutivo de recessão e a primeira contração plurianual em mais de 30 anos. A entidade afirma, no entanto, que “a perspectiva de melhora é em grande parte conduzida por um retorno previsto ao crescimento positivo no Brasil, a maior economia da região”.

“Restrições domésticas parecem estar amenizando em Argentina e Brasil, com os novos governos concentrados em implementar reformas para reduzir desequilíbrios fiscais e macroeconômicos”, indica o Banco Mundial, que cita reformas em andamento: “No Brasil, o Congresso Nacional aprovou recentemente uma emenda constitucional que introduz um limite no crescimento real dos gastos federais, e está também discutindo uma reforma da aposentadoria. Ambas as reformas vão melhorar as perspectivas fiscais de médio e longo prazo”.

O Banco Mundial afirma que a desvalorização do dólar frente ao real no primeiro semestre de 2016 ajudou a “reduzir drasticamente do atual déficit nas contas do país”. Apesar da melhora no cenário, o Banco Mundial destaca que as real implementação de reformas fiscais e a retomada do investimento público como desafios para concretizar tais projeções:

“Ajustes fiscais geralmente englobam cortes de investimento em áreas-chave, como infraestrutura. Enquanto esse caminho de política rapidamente reduz as pressões fiscais, não consegue resolver as deficiências estruturais que entravam a habilidade dos governos em reduzir as despesas correntes ou aumentar receitas”, aponta.

O banco alerta para níveis baixos de investimento na região da América Latina e Caribe em comparação a outras regiões de emergentes. De acordo com o relatório, a injeção de capital tem caído desde 2014:

“É crítico que os governos e o setor privado aumentem o investimento de capital para expandir o crescimento em potencial”, afirma o banco.

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