Petrobras terá R$ 756 milhões para investir este ano no empreendimento.
Do JC Online
A Petrobras terá R$ 756 milhões para investir na Refinaria Abreu e Lima (Rnest) este ano. O valor está previsto no Orçamento Federal de 2016 e será utilizado para retomar as obras da primeira etapa do empreendimento, que foram suspensas em 2014 em função das investigações da operação Lava Jato. A expectativa é de que o reinício da construção reanime a economia de Pernambuco, com a geração de 2 mil empregos só na construção pesada. Apesar da boa notícia, o processo não será imediato porque a Petrobras terá que voltar a licitar a obra para só depois começarem as contratações do canteiro.
A parte do primeira etapa que será retomada é a construção da Unidade de Abatimento de Emissões de Enxofre (SNOX), responsável por diminuir a emissão de poluentes na atmosfera. O primeiro contrato de construção da unidade foi assinado entre a Petrobras e o consórcio Ebe-Alusa em 2011, com orçamento previsto em R$ 574,6 milhões. Em 2014 as companhias entraram em divergência sobre valores dos aditivos e o consórcio abandonou a obra. Sem a construção do equipamento, a Rnest só foi autorizada a processar 64% da capacidade total da primeira etapa.
O governo do Estado e a Petrobras assinaram um termo de compromisso para permitir que a refinaria funcione na sua totalidade, mediante condições de processamento de um tipo de petróleo menos poluente enquanto a SNOX não fica pronta. De acordo com a Agência Estadual de Meio Ambiente (CPRH), a previsão é que a licença de operação de 100% da refinaria seja liberada na próxima segunda-feira. A licença só terá validade de um ano, na tentativa de garantir que a obra do equipamento ambiental seja concluída. Procurada pelo JC, a Petrobras não se pronunciou até o final desta edição para informar sobre o início do processo de licitação, número de operários e previsão de conclusão da obra.