Ele entregou liderança ao perceber que seria destituído
Diário do Poder / Foto: reprodução
Rendido pela maioria dos senadores peemedebistas que não o quer mais usando a liderança do PMDB para proveito pessoal, o senador Renan Calheiros (PMDB-AL) apressou-se em decidir pela entrega do cargo de líder do partido do presidente Michel Temer, no Senado. Mas também precisa entregar os cargos que indicou e mantém no governo que tanto critica.
A decisão de Renan evita um vexame, porque acontece no momento em que o senador Romero Jucá (PMDB-RR) obteve apoio para impedir que Renan siga fazendo oposição agressiva ao governo e às suas propostas. A destituição de Renan tem o apoio de Michel Temer.
Ameaçado pela forte rejeição do eleitorado alagoano, que indicou em pesquisas recentes que não o reelegeria, Renan seguia na liderança fazendo o discurso útil à sua tentativa de levantar-se, perante a impopularidade em seu reduto eleitoral.
Na sessão de terça-feira (27), Renan e Jucá voltaram a trocar farpas públicas , após discurso agressivo de Renan reprovando reforma trabalhista e desqualificando o governo de Michel Temer. Jucá reagiu em defesa do governo e propôs substitui-lo por Garibaldi Alves (RN), na liderança do PMDB no Senado.