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Renan: Dilma escolheu ‘pior solução’ ao sancionar aumento do fundo partidário

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Para o presidente do Senado, ela ‘deveria ter vetado como muitos pediram’; Cunha vê medida com cautela.

O Globo

O presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), afirmou, nesta quarta-feira, que a presidente Dilma Rousseff escolheu “a pior solução” ao sancionar o aumento do fundo partidário, ao mesmo tempo em que o governo sinaliza que deve bloquear parte desses recursos.

— A presidenta fez o que havia de pior. Ela sancionou um aumento incompatível com o ajuste (fiscal) e disse desde logo que vai contingenciar. Ou seja, fez as duas coisas ao mesmo tempo e errou exatamente dos dois lados. Ela sem dúvida nenhuma escolheu a pior solução. Ela deveria ter vetado como muitos pediram. Aquilo foi aprovado no meio do Orçamento sem que houvesse debate suficiente — afirmou Renan.

Deputados e senadores aumentaram de R$ 289 milhões para R$ 867 milhões a verba do fundo partidário no momento em que o governo tenta fazer um ajuste fiscal para reorganizar as contas do país. O montante de R$ 578 milhões foi incluído pelo relator do Orçamento da União, senador Romero Jucá (PMDB-RR).

Em viagem a Portugal, o vice-presidente Michel Temer afirmou nesta terça-feira que parte do fundo partidário pode ser contingenciado devido ao ajuste fiscal.

Bem mais cauteloso que Renan, o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), falou em rápida entrevista sobre a questão dos recursos para o fundo partidário. Sem criticar a presidente, Cunha afirmou que a medida será importante para as discussões sobre o financiamento de campanhas:

— Eu não mergulhei no assunto, acho que nem vetar ela poderia, porque ia deixar sem qualquer recursos, não sei se pode ou não contingenciar, sinceramente não sei. Mas isso, na prática, acaba sendo positivo e acaba colocando que a sociedade não quer financiamento público, ela reage quando coloca mais recursos públicos para os partidos. Isso é bom para o debate. A bancada do PMDB pediu o veto a ela, não fomos nós que fizemos isso, foi o Congresso. Mas não estou criticando ninguém, só dizendo que nós não éramos favoráveis. Será um bom momento, para discutir sobre financiamento público, a sociedade não quer isso.

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