Por Diego Lagedo*
A cidade do Recife tem caído drasticamente no Índice de Cidades Empreendedoras (ICE) da Endeavor. O índice é o principal estudo sobre o ambiente de negócios das cidades brasileiras. Em 2020, o Recife caiu para a 37° posição.
Em 2015, o Recife foi classificado como a 4° melhor cidade para se fazer negócios no Brasil. Na ocasião, foi destacada a ascensão da capital pernambucana, líder no Nordeste e uma das melhores do Brasil:
“A melhor representante do Nordeste apresentou grandes avanços em alguns de seus indicadores. A cidade, 6ª colocada em Capital Humano, tem a maior proporção de inscritos no Ensino Técnico (5,5% da população acima de 15 anos). A cidade também tem impostos mais baixos e processos burocráticos menos complexos do que a média do estudo, dando a cidade a 7ª posição em Ambiente Regulatório”, ressaltou o ICE em 2015.
Já em 2017, o Recife havia sofrido uma queda brusca para a 20° colocação. Um dos principais responsáveis pela queda no índice de empreendedorismo foi o Ambiente Regulatório da cidade. Se em 2015 o Recife tinha a 7° posição nesse quesito, em 2017 passou a ocupar a 26° posição, o que ressalta os entraves burocráticos da cidade.
Porém, a situação piorou ainda mais no estudo divulgado em 2020. O Recife passou a ocupar a 37° posição no Índice de Cidades Empreendedoras e o quesito do Ambiente Regulatório saltou para 86° posição. A segunda colocada no estado em 2020 foi Petrolina, na 95° posição.
Apesar de o Recife ainda ser a cidade mais bem destacada no Nordeste, fica notório que o ambiente está cada vez pior para o empreendedorismo na capital pernambucana.
*Historiador, pós-graduado em Gestão Pública e graduando em Direito. Foi consultor da Unesco e é fundador do site Pernambuco em Pauta.