Por G1 PE
Passadas as comemorações da vitória no segundo turno das eleições, Raquel Lyra (PSDB) se prepara para o período de transição com a atual gestão de Paulo Câmara (PSB). Primeira governadora eleita na história de Pernambuco, ela afirmou que o processo é importante para conhecer a máquina pública por dentro.
“A gente vai poder abrir, de fato, as contas, os contratos, enxergar as obras e convênios em andamento, além da situação patrimonial do estado”, declarou, em entrevista à TV Globo.
Raquel Lyra teve 3.113.415 votos, o correspondente a 58,70% dos votos válidos. Sua adversária nas urnas foi Marília Arraes (Solidariedade), que obteve 2.190.264 votos, o equivalente a 41,30% dos votos válidos.
Na entrevista, Raquel lembrou que, na noite do domingo (30), o governador Paulo Câmara telefonou para ela para e colocou o time dele “ à disposição para a transição”.
Na segunda, o gestor do PSB nomeou a comissão que vai tratar da passagem de bastão para o PSDB, tendo como comandante o atual secretário da casa Civil, José Neto.
De acordo com a futura gestora, a equipe dela ainda será nomeada. O grupo terá como missão conhecer a “real” situação do estado.
Ela afirmou que, atualmente, conhece Pernambuco “por fora”. Com a transição, será possível saber como está o estado, que “tem a segunda maior população em número de desempregados e a região metropolitana mais miserável de todas”.
“Vamos enxergar a máquina por dentro para garantir que, a partir do dia 1º de janeiro de 2023, já saibamos exatamente por onde começar”, afirmou.
Questionada sobre as prioridades da transição, Raquel Lyra disse que é “ter o diagnóstico de como está a máquina por dentro”.
Segundo ela, foi dito que há recursos sobrando, mas ao mesmo tempo existe a dificuldade de o estado prestar serviços na saúde e garantir a conclusão de obras”.
“Teremos um diagnóstico claro e preciso para permitir que a gente saiba exatamente o terreno em que estamos para, de fato, começar a governar”, afirmou. Segundo o atual governo, ao fim desta gestão, ficarão em caixa cerca de R$ 4,8 bilhões.
Na entrevista, a governadora eleita voltou a falar que as primeiras ações da gestão serão no combate à pobreza.
‘Diante da situação em que Pernambuco se encontra, devemos superar a pobreza, combater a desigualdade. Vamos ter uma série de ações de curtíssimo prazo, curto e médio, prazos que vão permitir a gente garantir comida no prato e ao mesmo tempo buscar gerar oportunidades”, acrescentou.