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Raquel Lyra e Marília chegam à reta final da campanha nas eleições 2022

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Foto: reprodução

O segundo turno das eleições para o Governo de Pernambuco está chegando na reta final. No próximo domingo (30), os pernambucanos voltam às urnas para escolher, dentro de um contexto histórico, com duas mulheres disputando o Executivo estadual pela primeira vez, quem assumirá o Palácio do Campo das Princesas.

Apesar das posturas pouco propositivas e mais centradas em ataques mútuos, como presenciado nos dois últimos debates da Fiepe e da Rádio Jornal, os eleitores ainda vão ter a oportunidade de conferir o enfrentamento entre as candidatas Marília Arraes (Solidariedade) e Raquel Lyra (PSDB), em mais quatro encontros.

Nesta sexta-feira (21), elas participam do debate na TV Nova Nordeste, às 21h. Já na última semana do segundo turno, elas vão se encontrar novamente cara a cara no debate promovido pela TV Guararapes, na segunda-feira (24), às 18h.

Já na terça-feira (25), Raquel e Marília vão debater suas propostas para Pernambuco no debate realizado pela TV Jornal, às 11h. O último confronto será no debate da TV Globo, na quinta-feira (27), às 22h.

PESQUISAS E ESTRATÉGIAS

De acordo com as pesquisas eleitorais realizadas no segundo turno, a disputa está acirrada e o cenário pode ser considerado incerto, mesmo com a candidata a governadora do PSDB, Raquel Lyra, aparecendo com uma certa vantagem contra a candidata a governadora do Solidariedade, Marília Arraes.

O que para especialistas, ouvidos pelo Jornal do Commercio, deve mostrar que as estratégias utilizadas pelas candidatas devem permanecer nessa semana final, a fim de se aproximarem ainda mais.

“Com relação a estratégia delas na reta final, a tendência é de uma manutenção destas linhas. No caso de Marília, a cobrança por um posicionamento político de Raquel, com relação a eleição nacional. E a de Raquel, por outro lado, de se esquivar dessa polarização nacional e do posicionamento sobre quem apoiar para presidente. Elas também devem continuar jogando Paulo Câmara um no colo da outra. Me parece que essa tendência vai seguir até o final da campanha”, avaliou o cientista político e professor da Asces-Unita, Vanuccio Pimentel.

Na pesquisa Potencial divulgada nesta sexta-feira (21), Raquel Lyra apareceu mais uma vez à frente de Marília Arraes. Conforme as informações divulgadas, Raquel tem 51% das intenções de voto, enquanto Marília surge com 44,2% da preferência do eleitorado. O estudo diz que 3,2% dos eleitores não souberam responder, e 0,5% disseram que vão votar em branco ou anularão seus votos.

Na pesquisa divulgada pelo Real Time Big Data, dessa terça-feira (18), o cenário não foi muito diferente. Raquel Lyra lidera com 52% das intenções de voto, enquanto Marília Arraes tem 41%.

Na pesquisa do Ipeca primeira a ser divulgada no segundo turno, a ex-prefeita de Caruaru tinha 50% de intenção de votos. Já a deputada federal tinha 42%.

A cientista política e professora da Faculdade de Ciências Humanas de Olinda (Facho), Priscila Lapa, ressalta que no pleito local ainda há espaços para uma profusão grande de movimentações nas duas candidaturas. Diferente da cristalização que se encontra o cenário nacional entre o ex-presidente Lula (PT) e o presidente Jair Bolsonaro (PL).

Para contextualizar sobre o que seria essa grande movimentação, há como exemplo a visita do ex-presidente Lula no Recife, no dia 14 de outubro. A própria campanha de Marília tem pontuado que a “dobradinha com Lula” teria surtido efeito positivo nos últimos levantamentos, se comparados a mostras anteriores.

“Quando Marília Arraes chega ao segundo turno em desvantagem segundo turno, com as pesquisas colocando ela como segunda colocada, ela começa a fazer um trabalho mais intensivo. Primeiro de se recolocar no processo de debate, porque quando ela decidiu não ir para não sofrer desgastes, isso maculou um pouco a imagem dela enquanto uma candidata com propostas claras para o eleitor”, comentou a docente.

“Raquel Lyra por outro lado tem observado que a manutenção da neutralidade dela em relação ao pleito nacional não causou dano de desidratação das suas intenções de voto. Muito pelo contrário, ela consegue manter uma postura de transitar bem, tanto entre o eleitor bolsonarista, quanto entre o eleitor lulista. Agregando ainda para si, os votos dos outros candidatos, mais conservadores do primeiro turno, e os mais ligados à centro direita”, afirmou Priscila Lapa. (JC Online)

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