Uma das empresas envolvidas, a Menezes Locações, responsável pelo transporte escolar de Quipapá, mantém uma sede dentro de um assentamento dos sem-terra no município de Orocó, no sertão do estado
JC Online Foto: Divulgação / MPPE
O esquema criminoso no município de Quipapá, investigado na Operação Gênesis, deflagrada nessa quinta-feira (15) pelo Ministério Público de Pernambuco, envolvia nove empresas que se praticavam um conluio para ganhar os procedimentos licitatórios junto a Prefeitura do município. De acordo com apurações preliminares, R$ 18 milhões já foram liquidados em contratos com essas empresas, que possuem contratos totalizando R$ 300 mil com pelo menos 50 prefeituras no estado.
As investigações foram promovidas pelo MPPE e da Promotoria de justiça de Quipapá, em parceria com a Polícia Civil de Pernambuco e a Controladoria Geral da União (CGU). O esquema criminoso é investigado pelos crimes de corrupção, fraude em licitação, lavagem de dinheiro, organização criminosa e formação de cartel.
Ainda não foram identificados os funcionários públicos envolvidos no esquema. “As autorias, as responsabilidades criminais serão devidamente coletadas e havendo uma necessidade de uma denúncia, todos eles serão indiciados”, afirmou o promotor da GAECO, Frederico Magalhães.
Empresas fantasma
Há indícios da existência de um grupo empresarial que mantinha contratos milionários com o município para fornecimento de serviços e execução de obras sem possuírem condições para tal. Uma das empresas envolvidas, a Menezes Locações, responsável pelo transporte escolar de Quipapá, mantém uma sede dentro de um assentamento dos sem-terra no município de Orocó, no sertão do estado.