- Por Felipe Moura Brasil/Jovem Pan
O PT havia aproveitado o rompimento da barragem da Vale em Brumadinho para atacar Jair Bolsonaro e a privatização da empresa no governo de Fernando Henrique Cardoso.
Lindbergh Farias, por exemplo, afirmou que “a privatização da Vale foi um crime do governo FHC” e o que “o que fizeram com a Vale é o que querem fazer com a Petrobras” – aquele mesma Petrobras, diga-se, assaltada durante os governos do PT com esquemas de propina, como o que rendeu o triplex pelo qual Lula está preso.
Gleisi Hoffmann escreveu que “cedo ou tarde a privatização cobra seu preço da população” e “as coisas só vão piorar com as escolhas que Bolsonaro está fazendo para as estatais e para o meio ambiente”.
Maria do Rosário também voltou suas baterias contra Bolsonaro.
Mas o principal lobista que atuou pela derrubada, em julho de 2018, na Assembleia Legislativa de Minas Gerais, do projeto de lei com regras mais rígidas de licenciamento e fiscalização de barragens foi Fernando Coura, presidente do Sindicato das Indústrias Extrativas do estado e amigão do ex-governador petista, Fernando Pimentel.
Não à toa, o PT decidiu não apoiar a CPI de Brumadinho, cujo requerimento de criação no Senado deverá ser lido em plenário na quinta-feira, abrindo prazo para que os partidos indiquem seus representantes.
O petista Jean Paul Prates chegou a assinar o documento para a instalação da CPI, mas, após orientação de seu partido, pediu que seu nome fosse retirado da lista.
Ou seja: o mesmo PT que esperneou contra adversários políticos logo depois da tragédia agora fará de tudo – inclusive espernear mais ainda – para proteger Fernando Pimentel.
Para os petistas, rompimento no do outros é refresco.