O Partido dos Trabalhadores do Rio de Janeiro desistiu de indicar o nome do candidato a vice de Eduardo Paes (PSD) na eleição de outubro, segundo informa a coluna de Igor Gadelha, do Metrópoles.
Nos bastidores, o que se diz é que o prefeito vai escolher o deputado federal Pedro Paulo (PSD) para completar a chapa que buscará a reeleição.
O objetivo de uma chapa puro sangue é o mesmo que João Campos (PSB) estaria buscando no Recife: deixar a prefeitura para um representante do próprio partido quando se candidatar ao governo do estado, em 2026.
No Rio, parlamentares do PT admitiram ter dificuldade em encontrar um nome de confiança de Paes para compor a chapa.
O presidente Lula tentou até emplacar a ministra da Igualdade Racial, Anielle Franco, que se filiou ao partido mas logo depois descartou a possibilidade.
O PT também chegou a estudar o nome do secretário de Assuntos Federativos do Governo Federal, André Ceciliano, e do secretário municipal de Assistência Social, Adilson Pires, mas as ideias não foram para frente.
No Recife, os possíveis nomes do PT para a vice de João Campos são o deputado federal Carlos Veras e o ex-vereador e secretário ministerial Mozart Sales.
Porém, João Campos filiou quatro secretários de sua primeira linhagem nas últimas semanas, o que abriu espaço para novos nomes na disputa pelo cargo e uma possível retirada do PT da jogada.
Internamente, a executiva nacional do PT enxergava a situação do Rio de Janeiro e do Recife com o mesmo olhar, buscando a todo custo a vice nessas capitais, tidas como estratégicas.
“Não há neve que não derreta”
Na última sexta-feira (26), um cacique do PT rebateu uma notícia publicada por este blog que repercutia uma análise feita por um especialista da CNN sobre a pesquisa eleitoral da emissora, que mostrou vitória de João Campos no pleito.
“Neve que não derrete“, disse o comentarista da CNN Brasil Iuri Pitta sobre o desempenho de João Campos na capital — fazendo alusão ao “nevou” do cabelo do prefeito.
A notícia circulou nos grupos políticos pernambucanos e deixou o petista, envolvido nas conjecturas das próximas eleições, contrariado.
“Não há neve que não derreta. Depende apenas da intensidade do calor”, disse o medalhão do PT, colocando ainda mais em cheque a aliança.
Semanas atrás, a presidente nacional do partido, Gleisi Hoffmann, garantiu a este repórter que a sigla apoiaria João Campos, independentemente de ter a vice dele ou não. A ver. (Blog do Jamildo)