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PSB espera resposta do PT sobre alianças em 2022 até janeiro

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Foto: reprodução

Cúpula da legenda abriu as portas para a filiação do ex-governador de São Paulo Geraldo Alckmin, mas faz exigências aos petistas e afirma que ‘relação tem que ser de mão dupla’

Por André Siqueira

Depois do jantar em que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e o ex-governador de São Paulo Geraldo Alckmin se reuniram publicamente pela primeira vez desde o início das tratativas para a composição de uma possível chapa presidencial para as eleições de outubro de 2022, o petista se encontrou com a cúpula do PSB na segunda-feira, 20, para falar sobre a aliança no ano eleitoral. A legenda, presidida por Carlos Siqueira, é cotada para receber o ex-tucano, que deixou o PSDB na última semana, mas faz algumas exigências ao PT para selar um acordo. Segundo relatos feitos à Jovem Pan, não houve avanço nas negociações.

De forma reservada, pessebistas afirmam que há espaço para negociações mais maleáveis, mas a cúpula da legenda espera ter o apoio dos petistas em seis Estados: São Paulo, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, Espírito Santo, Pernambuco e Acre. O caso paulista é o mais complicado. No maior colégio eleitoral do país, o ex-prefeito de São Paulo Fernando Haddad (PT) e o ex-governador Márcio França (PSB) são postulantes ao cargo de governador. O entorno de França espera que Haddad abra mão da candidatura e dispute o Senado, mas a ideia é rechaçada pelo núcleo duro petista. Segundo pesquisa Datafolha divulgada no sábado, 18, com 28% das intenções de voto, o petista lidera a corrida pelo Palácio dos Bandeirantes no cenário em que Alckmin não está na disputa. Na simulação que não considera o ex-tucano e o ex-prefeito, o representante do PSB aparece na primeira colocação, também com 28%.

Procurado pela Jovem Pan para comentar o andamento das negociações, Carlos Siqueira foi taxativo: “Nenhum avanço, estaca zero. Deixo o PT à vontade para decidir, mas esperamos que ocorra em janeiro [a definição], porque já estamos com tempo avançado e queremos avançar na construção das candidaturas”. “A relação tem que ser de mão dupla”, acrescenta. Questionado sobre eventuais divergências políticas entre Alckmin, ex-tucano, e o PSB, um partido da centro-esquerda, Siqueira afirmou que o momento político exige uma “ampliação de alianças”. “O eleitor de esquerda tem candidato, mas o de centro é um pêndulo”, resume.

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