O aprendiz vai ter formação em internet das coisas, big data, digitalização
Redação com Agência Brasil
O Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai) lançou projeto com o objetivo de capacitar trabalhadores em temas relacionados à chamada indústria 4.0. A iniciativa terá caráter experimental e será oferecida em parceria com o Ministério da Economia.
A Indústria 4.0 pode ser comiserada como ou a quarta revolução industrial. Essa nova onda engloba algumas tecnologias para automação, uso de dados, Internet das Coisas e Computação em Nuvem, por exemplo.
São “Fábricas Inteligentes”, com as suas estruturas modulares, sistemas ciber-físicos que monitoram os processos físicos, criam uma cópia virtual do mundo físico e tomam decisões descentralizadas.
Com a internet das coisas, os sistemas ciber-físicos comunicam e cooperam entre si e com os humanos em tempo real, e através da computação em nuvem, ambos os serviços internos e intra-organizacionais são oferecidos e utilizados pelos participantes da cadeia de valor.
Estas novas tecnologias trazem inúmeras oportunidades para a agregação de valor aos clientes e aumento de produtividade de processos, mas sem o enfoque adequado podem desperdiçar grandes investimentos, com poucos resultados
No projeto está prevista a oferta de conteúdos vinculados a essa nova modalidade de indústria, baseada na coleta e no processamento de dados em alta conectividade, como por meio da Internet das Coisas, e em novas tecnologias como inteligência artificial e manufatura avançada.
O curso de metalomecânica, por exemplo, abordará técnicas e recursos relacionados à manufatura avançada. No de Tecnologia da Informação estão previstos conteúdos sobre programação e testes de sistemas de inteligência artificial.
Poderão participar jovens de 14 a 24 anos. Os interessados deverão acessar a plataforma do Senai Contrate-me e fazer o cadastro. A seleção contará ainda com entrevistas para avaliar os perfis dos candidatos.
Segundo o Senai, o objetivo é que os cursos agreguem conhecimento para auxiliar na busca por vagas no mercado de trabalho. A entidade destaca que essa qualificação também pode contribuir para a busca de carreiras no ensino superior.
O projeto prevê parceria com indústrias e empresas, que disponibilizarão 280 vagas aos participantes. Segundo o Senai, seis em cada 10 alunos dos cursos saem empregados após as atividades.
“Vamos fazer não apenas um sistema de aprendizagem tradicional, mas voltado aos fatores da quarta revolução industrial. Estamos falando de um aprendiz que vai ter formação em internet das coisas, big data, digitalização. Como esses são os novos fatores, os cursos têm longa duração e o papel de formar para o mundo do trabalho”, disse o diretor-geral do Senai, Rafael Lucchesi.