Em participação no último debate da Super Manhã de 2019, realizado nesta terça-feira (31), o presidente do Tribunal de Contas da União (TCU), ministro José Múcio Monteiro, conversou com o comunicador Geraldo Freire e falou sobre temas como financiamento de campanha, fiscalização de obras, o momento político nacional, a redução do Estado através das privatizações e a libertação do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
Segundo José Múcio, a libertação do ex-presidente Lula (PT) deu tranquilidade para o Governo Federal trabalhar. “Eu sempre dizia que no dia que o presidente Lula fosse solto, o governo adquiriria uma tranquilidade política. Enquanto ele esteve preso, as pessoas foram se desgarrando e começando a falar muito na próxima eleição, em outras vias, nas opções de centro. O presidente Lula foi solto e nunca mais se falou, os jornais não têm noticiado e as coisas começaram a se acalmar. Isso faz parte do processo democrático. A gente tem problema demais com educação, saúde, segurança. Vamos primeiro realizar o que está na nossa frente”, apontou.
O ministro também se mostrou esperançoso com o fechamento do ano e as expectativas para 2020. Segundo ele, os índices começam a apontar para uma melhora na economia do País. “Começou a se investir mais no Brasil, nós crescemos mais do que estava previsto. O comércio nesse Natal vendeu mais, a indústria automobilística está produzindo bem. Estamos terminando o ano com um clima de otimismo que não esperávamos há um tempo. Precisamos acabar com essa história de não gosto de fulano. A gente pode até gostar ou não de quem está no comando, do piloto do avião, mas temos que torcer para que ele faça um bom voo por que nós estamos todos entrelaçados num destino só”, comentou.
Eleições
Já nas análises eleitorais para o próximo ano, Múcio aposta que após um fim de ano otimista, a “economia puxará a política”. “Vimos nesse primeiro ano (2019) a política puxando a economia. A reforma da previdência foi muito mais uma sinalização política do que uma ação efetiva para a retomada do crescimento. Com esse otimismo desse final de ano, acredito que em 2020 a economia que vai puxar a política. A reforma que foi feita por discurso político, a reforma da Previdência e outras, terão continuidade com esse otimismo econômico que estamos fechando o ano”, concluiu o presidente do TCU, José Múcio Monteiro.