Eduardo Tabosa diz que, juntos, os 80 municípios de pequeno e médio porte têm maior poder de barganha.
Do JC Online
Animados com o exemplo do governo de Pernambuco, que no último dia 23 conseguiu “vender” sua folha de pagamento ao Bradesco por R$ 696 milhões, gestores de 80 municípios se reuniram para formar um conglomerado atrativo e tentar buscar novas maneiras de buscar recursos para suas prefeituras. “O princípio é o mesmo, embora o volume de nossas carteiras seja bem menor que o do governo estadual. Esperamos obter um retorno que será aplicado nos próprios municípios. Será uma verba nova, que provavelmente não vai resolver totalmente nossa necessidade de recursos, mas será uma fonte importante de receita”, disse o tesoureiro da Associação Municipalista de Pernambuco (Amupe) e prefeito de Cumaru, Eduardo Tabosa (PSD).
Tabosa não quis adiantar os valores que já estão em processo de negociação com a Caixa Econômica Federal por tratar-se de uma discussão interna do grupo, mas mostrou-se otimista. “Estamos buscando conjuntamente um norte em meio à crise”, descreveu. “Em 2013, procuramos o Banco do Brasil para renegociar o pagamento da folha de Cumaru e eles não aceitaram, e ainda me ameaçaram de retirar a agência deles do município, e então, recuei”, relembrou Tabosa. “Agora, surgiu a ideia desse pool de 80 municípios de pequeno e médio porte, como Agrestina, Afogados da Ingazeira, Cedro, Cumaru, Cupira e muitos outros, e teremos maior poder de barganha”.
Segundo o tesoureiro da Amupe, o Banco do Brasil não se interessou, mas a Caixa já sinalizou com uma proposta. “O ideal era chegar a um acordo com eles, porque sendo um banco público haveria contrato direto, sem necessidade de licitação. Mas o contrato com bancos privados não foi descartado”, explicou.
O “martelo final” deve ser batido durante uma reunião extraordinária da Amupe, no próximo dia 14, em Afogados da Ingazeira.