Mesmo com a esquerda mundial homenageando o centenário de Paulo Freire, o Brasil hoje não tem nada o que comemorar quando o assunto é educação. Após 15 anos dos governos Lula e Dilma, o país estava em 65º lugar entre 70 nações avaliadas em matemática pelo PISA em 2015. Em ciências, Brasil ficou entre os oito piores do mundo.
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O Brasil está entre os oito piores países no ranking do PISA de aprendizado de jovens na área de ciências, atrás de países como Trinidad e Tobago, Costa Rica, Qatar, Colômbia e Indonésia. O país ficou na 63ª posição entre as 70 nações avaliadas nessa disciplina em 2015. No Brasil, o PISA foi feito em 2015 com 23.141 estudantes, de 841 escolas das 27 unidades federativas do Brasil.
Leitura
Já em leitura, o Brasil ficou entre os 12 piores países, com uma média de 407, bem abaixo da média de 493 da OCDE. Cerca de 20% dos estudantes de países membros da OCDE, em geral, não atingem o nível mínimo de proficiência em leitura. Em países como o Brasil, o Peru e a Indonésia, há mais alunos no nível mais baixo de proficiência que em qualquer outro nível.
Matemática
O pior desempenho geral do Brasil foi em Matemática, disciplina em que aparece entre os cinco piores países, com uma média de 377 (ante uma média de 490 entre os países da OCDE). No país, 70,3% dos estudantes estão abaixo do nível 2 em Matemática, o mínimo necessário para que o aluno possa exercer plenamente sua cidadania. Em países desenvolvidos, como a Finlândia, essa taxa é de 13,6%.
Desigualdade de resultados
Para a secretaria executiva do MEC, o resultado geral do Brasil é alarmante, já que é inferior ao registro de nações que investem menos que o país em educação. De acordo com o ministério, é possível melhorar os números se as políticas públicas funcionarem. Sobre a desigualdade interna, o estudo destaca que os números refletem as diferenças sociais e econômicas nas regiões do país. Enquanto o Espírito Santo foi o destaque positivo de 2015, Alagoas amargou a “lanterna” do ranking.
Soluções
Como possível solução, é preciso atualizar a base curricular comum por ser essencial à qualidade e à equidade do sistema. É preciso investir na formação dos professores, nos materiais de apoio, nos materiais didáticos e nas plataformas digitais.
Além disso, a secretaria executiva do MEC destacou que os números do estudo da OCDE reforçam a necessidade do estabelecimento da reforma do ensino médio.