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Por que a aliança com Alckmin pode virar um tiro no pé de Lula e do PT

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Foto: Ricardo Stuckert / Divulgação

Aproximação com ex-tucano é estratégia arriscada para a eleição

A aliança do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva com o ex-governador Geraldo Alckmin, que está próxima de ser sacramentada, é tratada pelos adeptos mais fervorosos do petista como uma estratégia que ajudará a ganhar a eleição. Avaliam, principalmente, que ela ajuda a quebrar resistências ao centro e serve como uma espécie de “Carta ao Povo Brasileiro”, o documento com acenos ao mercado que foi decisivo para a vitória do petista em 2020.

Mas a aliança tem também os seus riscos e pode se transformar em um tiro no pé de Lula e do PT. Um dos problemas é que ela não traz votos, porque é improvável que a base eleitoral do tucano – conservadora, liberal e de centro-direita – se converta ao petismo de um dia para o outro.

Segundo, porque ela pode tirar votos, uma vez que descontenta os eleitores mais à esquerda e cria instabilidade na base mais radical do PT,

principalmente aquela ligada aos movimentos sociais e que passou anos enfrentando os governos tucanos. Tanto é que até já circulou abaixo-assinado de parte dos petistas contra a aliança com Alckmin.

Outro ponto é que a a saída de Alckmin da disputa eleitoral em São Paulo, onde era o franco favorito, facilita a vida dos tucanos. É quase certo que a maioria do seu eleitorado migre para a candidatura de Rodrigo Garcia (PSDB) — e para o presidenciável João Doria (PSDB) –, uma vez que boa parte dele é composto por eleitores do interior do estado, majoritariamente avesso às ideias do petismo. (Veja)

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