Congresso Nacional: os presidentes do Senado e da Câmara manifestaram nesta quinta-feira que são contrários à recriação da CPMF.
Revista Exame
Brasília – Lideranças do Congresso Nacional encaram com ceticismo a possibilidade de um retorno da Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira (CPMF) e a indústria avalia como “absurda” a proposta em análise pelo governo de recriar o tributo.Duas fontes do governo disseram à Reuters, sob condição de anonimato, que existem estudos sobre a recriação da CPMF como parte do esforço para melhorar as contas públicas. A ideia seria retomar o tributo na forma de imposto e não mais como contribuição, partilhando a receita arrecadada com Estados e municípios, o que poderia aumentar o apoio político para aprovar a medida no Congresso.
Mas os presidentes do Senado e da Câmara manifestaram nesta quinta-feira que são contrários à recriação da CPMF, extinta em 2007 durante o governo do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.”Da minha parte, eu sou contrário. Acho pouco provável que aprove aqui na Casa… Eu vejo pouca possibilidade de aprovar”, afirmou o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), que rompeu com o governo em julho.
O presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), disse que o país não está preparado para um aumento da carga tributária. “Estamos numa crise econômica profunda e qualquer movimento nesta direção pode agravar a crise”, disse ele a jornalistas.