Policiais militares podem responder a processo por descumprimento de determinações do comando geral.
JC Online / Foto: JC Imagem/Arquivo
A queda de braço entre o Governo do Estado e as associações da Polícia Militar de Pernambuco continua ganhando novos capítulos. Agora, o Comando Geral da PM determinou a abertura de inquéritos militares aos policiais que ameaçam os colegas que desejam participar dos plantões, os chamados PJEs. O decreto passou a valer desde o dia 15, mas só nesta segunda-feira (19) chegou ao conhecimento dos policiais. Aqueles que descumprirem com a determinação podem até ser presos.
Nas assembleias realizadas anteriormente, com as lideranças das associações, os PMs haviam se comprometido a realizarem uma operação padrão e a também não participarem dos PJEs, já que esses plantões extras não são obrigatórios. No entanto, muitos policiais, por necessidade financeira ou por até por se sentirem pressionados, decidiram continuar aderindo aos plantões.
Ações judiciais
Com uma das piores crises na segurança pública da última década, o Governo do Estado vê no Poder Judiciário um aliado para conseguir forçar o efetivo da Polícia Militar a voltar para as ruas. Ontem, a Justiça determinou o bloqueio de R$ 100 mil das contas bancárias de associações da PM, entre elas a Associação de Cabos e Soldados, que está a frente da mobilização que desencadeou a operação padrão.
A multa deve-se ao fato de a Justiça ter proibido que as associações promovessem reuniões ou assembleias para discutir a possível deflagração de greve. Como houve descumprimento, na semana passada, a cobrança foi realizada.