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Polícia investiga golpes através de empréstimos consignados em Pernambuco

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Foto: reprodução

A Polícia Civil de Pernambuco investiga, através da Delegacia de Repressão ao Estelionato, um golpe denunciado por seis pessoas, a maioria formada por idosos, que estão sofrendo com descontos de até R$ 2 mil em seus pagamentos como aposentados, pensionistas ou funcionários públicos.

Uma das vítimas é uma pensionista do Exército. Pedindo para não ser identificada, conta que foi abordada em fevereiro pela empresa. Apresentada como uma assessoria de investimentos, a empresa propôs que ela fizesse um empréstimo consignado e repassasse o dinheiro, que seria investido enquanto o “beneficiário” pagava as parcelas do empréstimo.

“O banco liberaria uma carta de crédito e 10% ficaria comigo, como um investimento, como minha participação no investimento. O restante, os R$ 30 mil, ficariam com a empresa, como investimento”, disse.

Não foi assim, no entanto, que as coisas aconteceram, segundo o delegado Rômulo Ayres, que investiga o caso.

“Eles vendem a promessa de que a pessoa vai fazer um empréstimo consignado, passar para eles, eles vão investir em agronegócio e essa pessoa vai ter um rendimento de 10,15, 20% ao mês. Tudo isso mentira”, afirmou.

No final das contas, de acordo com a vítima, a empresa não pagou nenhuma das parcelas do empréstimo que havia se comprometido a honrar e deixou a pensionista com um prejuízo de R$61 mil, descontado mensalmente direto de sua pensão as parcelas.

A vítima procurou, sem sucesso, o representante da empresa aqui em Pernambuco, identificado como Leonardo. “Eu falei com Leonardo, o dono da empresa, e descobri com ex-funcionários da empresa que era um golpe”, afirmou.

Ao que tudo indica, ainda de acordo com a apuração da Polícia Civil, a sede da empresa é a cidade do Rio de Janeiro, o que dificulta a investigação do caso. O endereço dado como sendo do Recife é falso.

“É preciso a gente passar essas informações para lá, porque o crime se consuma no Rio de Janeiro, para onde foi o dinheiro. Os bandidos sabem disso e começam aliciar e seduzir as vítimas aqui em Pernambuco, quando o crime fica consumado no Rio de Janeiro. Eles sabem da dificuldade e fazem de caso pensado para dificultar as investigações”, disse o delegado.

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