Prisões estão sendo realizadas nas cidades do Rio de Janeiro, Parati, Niteroi e Miguel Pereira, e Guaratinguetá, em São Paulo
Com informações da Agência Estado / Foto: EBC
Na manhã desta terça-feira (8), a Polícia Federal e o Ministério Público (MPF) deflagaram a 51ª etapa da Operação Lava Jato em Curitiba. Segundo informações divulgadas pelo jornal o Estado de São Paulo, seis prisões,três ex-executivos da Petrobrás e três operadores financeiros, um deles sendo ligado ao MDB. Ainda de acordo com a apuração do jornal paulista, a Odebrecht pagou propina equivalente a cerca de R$ 200 milhões entre 2010 e 2012 para conseguir um contrato com a Petrobrás de US$ 825 milhões.
De acordo com a PF, aproximadamente 80 policiais federais cumprem quatro mandados de prisão preventiva, dois mandados de prisão temporária e 17 mandados de busca e apreensão, contra alvos investigados por corrupção, associação criminosa, fraudes em contratações públicas, crimes contra o Sistema Financeiro Nacional e lavagem de dinheiro, dentre outros delitos.
Já as incursões de busca e apreensão acontecem, além das cidades citadas, em Jacuecanga, Petrópolis, Duque de Caxias e Areal, no Rio de Janeiro, além de Vitória, capital do Espírito Santo.
As investigações apontam que as propinas proveniente da construtora Odebrecht para a obtenção do contrato investigado neste momento foram destinados a agentes públicos e partidos políticos. O nome da Operação remete ao fato da investigação identificar que o “modus operandi” dos alvos já foi “amplamente revelado pela Operação Lava Jato”.
A empresa obtinha contratos junto à Petrobras, em valores superfaturados, mediante o pagamento de vantagens indevidas à executivos e gerentes da empresa petrolífera. Esse dinheiro era repassado através de offshores no exterior.
Os presos serão conduzidos à Superintendência da Polícia Federal em Curitiba, local no qual o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e demais alvos da Lava Jato estão presos – e onde permanecerão à disposição da Justiça.
50° fase
Na fase anterior da investigação, a Polícia Federal e o MPF miraram um ex-gerente da Transpetro José Antônio de Jesus, acusado de negociar R$ 7 milhões em propina.
As medidas foram cumpridas nos estados de São Paulo e Bahia, e são um complemento da 47ª fase, deflagrada em novembro do ano passado. A Transpetro é uma estatal subsidiária da Petrobras.