A Procuradoria-Geral da República pediu ao Supremo Tribunal Federal nesta sexta-feira, 2, a abertura de de inquérito para investigar o presidente Jair Bolsonaro por prevaricação no caso da Covaxin. A manifestação se dá após a ministra Rosa Weber negar o pedido da procuradoria que queria aguardar a conclusão da CPI da Covid antes de decidir sobre possível investigação.
O pedido para abrir o inquérito foi feito com base em uma notícia-crime apresentada pelos senadores Randolfe Rodrigues (Rede-AP), Fabiano Contarato (Rede-ES) e Jorge Kajuru (Podemos-GO) após os irmãos Miranda afirmarem que teriam avisado pessoalmente o presidente sobre indícios de irregularidades na compra da vacina indiana contra a covid-19.
Na decisão, o vice-procurador-geral da República, Humberto Jacques de Medeiros, que fez o pedido de abertura de inquérito, lembra que, segundo o relato do deputado Luis Miranda (DEM-DF), Bolsonaro se comprometeu a acionar a Polícia Federal e teria relacionado as supostas irregularidades ao deputado Ricardo Barros, líder do governo na Câmara.
Medeiros afirma que é preciso esclarecer “o que foi feito após o referido encontro em termos de adoção de providências” e pontua que são necessárias diligências para produzir provas e apurar se houve “intuito de satisfazer interesse ou sentimento pessoal”.