De acordo com a denúncia, o pagamento foi pelo apoio do PP à manutenção de Paulo Roberto Costa na diretoria da Petrobras em março de 2014 no governo Dilma
O deputado federal Arthur Lira (PP-AL) foi denunciado nesta sexta-feira (5) pela Procuradoria-Geral da República (PGR) ao Supremo Tribunal Federal (STF) por corrupção passiva em investigação no âmbito da Operação Lava Jato. Lira é líder do PP na Câmara, um dos partidos do conhecido Centrão.
Segundo o portal G1, o deputado teria recebido R$ 1,6 milhão em propina da empreiteira Queiroz Galvão. De acordo com a denúncia, o pagamento foi pelo apoio do PP à manutenção de Paulo Roberto Costa na diretoria da Petrobras. Costa foi preso em março de 2014, quando a Lava Jato foi deflagrada.
As investigações indicam que os recursos da empreiteira teriam sido pagos a um assessor do deputado em dinheiro vivo. O inquérito não encontrou indícios de que o dinheiro que teria sido repassado ao parlamentar foi distribuído para outros integrantes do PP investigados no mesmo caso. Assim, o MPF pediu que os fatos sejam arquivados em relação ao senador Ciro Nogueira (PP-PI) e o deputado Eduardo da Fonte (PP-PE)
O STF vai analisar se recebe a denúncia. Se sim, Lira vai responder a uma ação penal, na condição de réu.
Acusação em 2019
Em outubro de 2019, a Primeira Turma do STF decidiu torná-lo réu por corrupção passiva, acusado de receber R$ 106 mil de propina em espécie.
Na ocasião, a defesa de Arthur Lira alegou que as investigações não foram capazes de comprovar que ele agiu no sentido de “receber” o dinheiro. Argumentou ainda que a denúncia foi baseada somente na palavra um delator conhecido por ser inimigo do deputado. “Trata-se de denúncia de ouvi dizer”, afirmou o advogado Pierpaolo Cruz Bottini.